O Brasil apresentou em junho o maior déficit em suas contas externas para o mês em 11 anos: US$ 5,1 bilhões. Os dados foram publicados pelo Banco Central nesta sexta-feira, 25. Esse resultado não era tão negativo desde 2014, quando atingiu US$ 5,4 bilhões.
O saldo no vermelho para transações correntes subiu 52,3% em comparação com junho do ano passado, que havia encerrado com déficit de US$ 3,4 bilhões. O Banco Central calcula essas transações ao considerar exportações, importações, gastos de brasileiros em serviços no exterior e remessas financeiras de renda para outros países.
Fatores que impulsionaram o déficit

O aumento do déficit tem relação com o desempenho da conta de renda primária, cujo saldo negativo passou de US$ 4,9 bilhões em junho de 2024 para US$ 6,2 bilhões neste ano. A balança comercial ainda teve superávit de US$ 5,4 bilhões, valor inferior ao do mesmo mês do ano anterior, de US$ 5,7 bilhões.
Em relação aos serviços, o saldo negativo ficou em US$ 4,5 bilhões, levemente superior ao déficit de US$ 4,4 bilhões registrado em junho do ano passado. Nos últimos 12 meses, o saldo negativo acumulado nas transações correntes chegou a US$ 73,1 bilhões, o que representa 3,42% do PIB, ante US$ 71,4 bilhões (3,35% do PIB) em maio e US$ 28 bilhões (1,28% do PIB) em junho de 2024.
Fonte: revistaoeste