– O deputado federal José Medeiros (PL-MT) viajou aos Estados Unidos para se encontrar com o colega de partido Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e demonstrar apoio diante da crescente pressão política envolvendo o nome do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante o encontro, registrado em vídeo e compartilhado por apoiadores nas redes sociais, os dois parlamentares mencionaram as recentes sanções comerciais anunciadas pelo ex-presidente americano Donald Trump e condicionaram eventuais negociações à anistia dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
No vídeo, Medeiros afirma que Eduardo estaria sendo “perseguido” e “sacrificado” injustamente no Brasil, e que o cenário internacional poderá mudar em breve. Ele minimizou a acusação de que o deputado teria incentivado a taxação de produtos brasileiros por parte de Trump, e disse que a situação agora depende da articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O Trump mandou uma carta para diversos países, incluindo o Brasil. Está nas mãos do Lula evitar que o Brasil seja sancionado. O Eduardo não tem culpa nisso, ele está sendo perseguido politicamente”, afirmou Medeiros.
Na gravação, Eduardo Bolsonaro reforça a necessidade de uma anistia “ampla e geral” para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, como condição para a abertura de um diálogo com os Estados Unidos em torno do chamado “tarifaço” de Trump.
“Os novos ventos estão chegando. Vamos viver um novo momento. Não será fácil, será em mar revolto, mas é assim que as coisas devem acontecer. Antes de qualquer diálogo com os americanos, o Brasil precisa tomar a iniciativa de conceder a anistia. Lula e Alexandre de Moraes são as portas que precisam ser pressionadas”, disse o parlamentar, referindo-se ao presidente da República e ao ministro do Supremo Tribunal Federal.
A postura dos parlamentares tem gerado reações entre aliados e adversários. A visita ocorre dias após críticas públicas de políticos de Mato Grosso — incluindo a senadora Margareth Buzetti (PSD) — ao comportamento de Eduardo Bolsonaro no exterior, após o endurecimento das relações comerciais com o Brasil.
Fonte: odocumento