Política

Flávia revela dívida milionária de Kalil e o acusa de caloteiro

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Indignada, a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), apresentou documentos e chamou o ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) de “caloteiro” por ter deixado cerca de R$ 144 milhões em dívidas para o município, durante coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (21). Segundo ela, Kalil está na mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), de quem espera uma resposta justa.

“Aqui, ó, R$ 90 milhões de restos a pagar confessados no SIAFIC, assinados pelo ex-gestor. Está aqui a prova. E fora os valores que nós levantamos depois, que chegam aos R$ 144 milhões. Está aqui, assinado pelo ex-gestor do município, que não sabe nem o que assinou”, mostrou e afirmou a prefeita, em tom enérgico.

A declaração foi uma resposta direta aos questionamentos da imprensa sobre as afirmações de Kalil, que recentemente apresentou documentos contradizendo a versão da atual gestão. Segundo ele, os chamados restos a pagar processados, ou seja, dívidas efetivamente deixadas ao fim do mandato, somavam apenas R$ 8,3 milhões.

Na versão do ex-prefeito, havia cerca de R$ 73 milhões em empenhos não executados, que, segundo ele, se tratavam apenas de estimativas de gastos e deveriam ter sido anulados pelo então secretário de Planejamento, João Carlos Cardoso. No entanto, conforme Kalil, ao assumir o cargo, Flávia teria proibido as anulações, supostamente criando o problema financeiro atual. Ele responsabiliza tanto o ex-secretário quanto a própria prefeita.

Flávia rebateu: “Primeiro que eu não tinha nem essa liquidez [os R$ 8,3 milhões] na conta. Segundo: só de precatórios que ele deveria ter pago ao Tribunal de Justiça, quando eu cheguei aqui, estavam devendo R$ 10 milhões, e a Prefeitura estava com certidão inadimplente. Eu tenho aqui a decisão do doutor João Esgataz, eu mostro pra vocês. Ele estava inadimplente com uma estimativa de R$ 12.956.000. Tá aqui. Vocês queriam documento? Tá aqui o documento.”

A prefeita também acusou Kalil de ter cometido crime contra a administração pública ao permitir a emissão de notas fiscais antes da prestação dos serviços, da medição e do empenho. “Eles só emitiam nota, não pagavam, não faziam o processamento, não faziam planejamento. Metiam nota de R$ 2 milhões, e a pessoa só executava R$ 500 mil em serviços […]. Isso é errado!”, disparou.

Segundo Flávia, as contas da gestão anterior estão sendo auditadas pelo TCE, que tem feito visitas semanais à sede da Prefeitura para apuração. “Ele alega, alega, mas já foi, já passou. […] Ele quis dar calote”, completou.

Fonte: leiagora

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