Deputados da oposição reagiram negativamente à determinação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PR), que barrou sessões de duas comissões que debateriam apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. , gerou críticas e articulação para manifestações públicas.
As comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores haviam agendado votações para contestar restrições impostas a Bolsonaro, que incluem tornozeleira eletrônica e . As medidas cautelares foram reiteradas nesta segunda-feira, 21, pouco antes de Bolsonaro discursar no Legislativo.
“Hoje é mais um dia histórico na Câmara dos Deputados”, afirmou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), durante coletiva de imprensa com parlamentares da oposição, em Brasília. “Estamos aqui cancelando uma reunião com quórum, convocada pelo presidente da comissão, por uma decisão ilegal, antirregimental, do presidente Hugo Motta.”
Sóstenes lembrou que tanto Motta quanto o primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), estão fora do país. Portanto, apenas o segundo vice, Elmar Nascimento (União-BA), teria legitimidade para suspender sessões das comissões.
Filipe Barros (PL-PR), presidente da , afirmou que o Brasil vivencia um momento político de perseguição a Bolsonaro e a toda a direita. Ao mencionar a proibição de Moraes sobre entrevistas com o ex-presidente, ele frisou: “Não foi o presidente Bolsonaro que foi censurado, foram vocês, os veículos de imprensa”.
O deputado comparou as medidas cautelares decretadas contra Bolsonaro à prisão. “Eu quero lembrar vocês que o presidente lula deu entrevista até dentro da cadeia”, disse Barros. “Enquanto isso, sem haver trânsito em julgado no processo da farsa do golpe do dia 8 de janeiro, o presidente Bolsonaro foi vítima dessas medidas cautelares que, vamos falar a verdade, foi preso.”
Além do PL, outros deputados aliados de Bolsonaro, como Marcel Van Hattem (Novo-RS), estavam presentes na coletiva de imprensa.
Paulo Bilynskyj (PL-SP) destacou que a oposição não irá recuar e reforçou que havia quórum suficiente para a sessão, com 25 presentes. O parlamentar afirmou que a decisão de Motta impede a livre manifestação dos deputados e anunciou mobilização nas bases para convocar protestos nas ruas, em 3 de agosto, contra as medidas cautelares impostas a Bolsonaro.
Fonte: revistaoeste
