O cenário econômico argentino passa por transformações significativas desde a posse de Javier Milei na Presidência. Os indicadores apontam para mudanças no perfil de distribuição de renda do país.
Dados recentes do mostram que, no primeiro trimestre de 2025, os salários reais dos trabalhadores cresceram e superaram a fatia dos lucros empresariais no Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o Indec, a participação dos salários no PIB alcançou 49% nos três primeiros meses do ano, enquanto os lucros corporativos representaram 35%.
O crescimento dos salários reais, de 5 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, reflete um aumento no poder de compra da população. Também está relacionado à recuperação do mercado de trabalho argentino.
As reformas de Milei
Ao mesmo tempo, as empresas viram sua parcela no PIB recuar em comparação com 2024, quando os lucros corporativos correspondiam a 40%.

A queda coincide com as reformas promovidas pelo governo Milei, cujo objetivo é enxugar os gastos públicos e gerar superávits fiscais. Em anúncio recente, a Casa Rosada informou um saldo próximo de 1% do PIB acumulado nos primeiros seis meses de 2025.
Reconhecimento internacional
O desempenho econômico do país recebeu respaldo internacional. Em relatório, a destacou que as reformas de Milei “foram responsáveis por tornar as regulamentações mais pró-competitivas no país”. Isso, de acordo com a entidade, possibilitou uma maior abertura para negócios.
As projeções do grupo indicam crescimento do PIB argentino de 5,2% em 2025 e de 4,3% em 2026.
Ainda de acordo com a OCDE, a adoção de ações sugeridas pela organização ao longo da próxima década pode elevar as receitas nacionais em até 6,8%. As estimativas reforçam as expectativas de avanço econômico diante das mudanças implantadas no governo Milei.
Fonte: revistaoeste