A 25ª edição da Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte) termina neste domingo (20) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A feira, que teve início no dia 9 de julho, promoveu uma grande celebração da cultura popular, com destaque para a presença de comunidades indígenas brasileiras.
Com o tema “A Feira das Feiras”, o evento reuniu 700 estandes de expositores, além de oferecer oficinas, desfiles de moda e apresentações musicais. Até agora, cerca de 320 mil pessoas passaram pela feira, que movimentou R$ 108 milhões em negócios, segundo dados parciais da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe).
Entre os participantes, artesãos de países como Turquia, Japão, África do Sul e Rússia marcaram presença. No entanto, o protagonismo coube às diversas etnias indígenas brasileiras, que ocuparam espaços estratégicos do pavilhão e encantaram o público com saberes ancestrais e trabalhos manuais autênticos.
No espaço reservado às etnias de Pernambuco, na Rua 18, estavam os povos Funil-ô, Atikum, Xukuru, Pankará, Kapinawá, Kambiwá, Truká e Pankararu. O artesão Luiz Carlos Frederico, da etnia Funil-ô, destacou-se com a venda do fineho, um apito que imita o canto de pássaros. “Apitar durante a Fenearte é uma forma de nos comunicarmos com eles, pedindo paz e harmonia para o evento”, explicou.
Maria da Saúde Batalha, da etnia Pankararu, levou bijuterias e peças em algodão cru. “Mais do que vender, o que me dá prazer é representar meu povo”, disse ela, emocionada com o retorno positivo da comunidade indígena à sua participação.
Do Mato Grosso do Sul, Dilma Terena participou pela primeira vez da Fenearte e teve todas as 50 peças em argila vendidas rapidamente. “Nunca imaginei que tudo fosse sair tão rápido. Estou muito feliz e quero voltar no próximo ano”, afirmou.
A feira reforçou o papel do artesanato como ponte entre culturas e como meio de valorização da identidade dos povos tradicionais, encerrando mais uma edição com forte impacto cultural e econômico.
Fonte: cenariomt