Euziany Teodoro
Única News
Imagens do lobista Andreson Gonçalves de Oliveira antes de ser solto, divulgadas nesta sexta-feira (18), chamaram a atenção pelo estado debilitado e a acentuada perda de peso. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta semana prisão domiciliar ao investigado, que é apontado como operador de um esquema de venda de decisões judiciais em tribunais estaduais e com ramificações no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Andreson foi preso em novembro de 2024, durante a primeira fase da Operação Sisamnes, da Polícia Federal. Ele é investigado por atuar em parceria com o advogado Roberto Zampieri — morto em dezembro de 2023, em Cuiabá — em um esquema de manipulação de sentenças judiciais, com apoio de servidores ligados a ao menos quatro gabinetes de ministros do STJ.
A decisão de Zanin seguiu manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), baseada em exames médicos que apontaram agravamento no estado de saúde de Andreson. A antiga defesa alegou que sua transferência para a Penitenciária Federal de Brasília, em março deste ano, agravou o quadro clínico do lobista, que passou a correr risco de vida.
Um dos principais argumentos da defesa está relacionado a uma cirurgia bariátrica feita por Andreson em 2020. Desde então, ele depende de uma dieta específica para absorção adequada de nutrientes — o que, segundo os advogados, não estava sendo cumprido no ambiente prisional, levando à acentuada perda de peso.
Zanin chegou a determinar uma avaliação médica urgente e autorizou que a unidade de saúde da penitenciária emitisse relatórios oficiais sobre as condições clínicas do preso. Com os resultados dos exames confirmando a gravidade do caso, a PGR opinou pela concessão da prisão domiciliar.
Andreson deverá cumprir a medida em Primavera do Leste (MT), na residência da família, junto da esposa Mirian Ribeiro, que também é alvo das investigações. Empresário do ramo de transporte e bacharel em Direito, ele aparecia em conversas com Zampieri negociando sentenças judiciais em favor de clientes.
As mensagens, extraídas do celular de Zampieri, indicam pagamentos a assessores ligados aos ministros Isabel Gallotti, Og Fernandes, Nancy Andrighi e Paulo Moura Ribeiro. Em troca, o grupo recebia rascunhos antecipados de decisões favoráveis.
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Fonte: unicanews