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Moody’s eleva nota da Argentina após a adoção de medidas econômicas por Milei

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A agência de risco elevou a nota de crédito da Argentina, impulsionada pelas mudanças fiscais e cambiais conduzidas pelo presidente Javier Milei.

Desta forma, a classificação de longo prazo subiu de “Caa3” para “Caa1”, embora o país siga no grupo de investimentos de risco. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira, 17.

O relatório da agência indica como fator determinante a flexibilização dos controles cambiais. Também destaca o novo pacto firmado com o Fundo Monetário Internacional, que garante acesso a US$ 20 bilhões em moeda forte.

Apesar da elevação, a Moody’s rebaixou a perspectiva da Argentina de “positiva” para “estável”. A agência justificou a mudança como um reflexo do equilíbrio entre avanços econômicos e incertezas políticas. Esse cenário também levou o a perder a mesma perspectiva em maio.

Naquele mês, o governo argentino anunciou incentivos para trazer de volta dólares mantidos fora do sistema financeiro — uma tentativa de resgatar a confiança na moeda local.

O pacote integra o processo de abertura gradual da conta de capital. A agência considera a medida um passo relevante rumo à redução da dívida externa.

A Moody’s avaliou positivamente a condução da política fiscal e as reformas que pretendem corrigir distorções e atrair capital privado.

Segundo a agência, o combate à inflação por meio do ajuste macroeconômico fortalece o objetivo de manter o balanço de pagamentos sustentável a médio prazo. Em contrapartida, a classificação da nota continua abaixo do nível de investimento.

A análise destaca a fragilidade das reservas cambiais. Além disso, aponta a presença de barreiras estruturais ao investimento como entraves que ainda limitam a confiança do mercado.

Hoje, a nota do Brasil está em “Ba1” — seis degraus acima da argentina. Mesmo com avanços pontuais, a Moody’s avalia que o país vizinho ainda precisa consolidar sua credibilidade fiscal e enfrentar riscos políticos que podem enfraquecer o ritmo das reformas.

No caso brasileiro, a agência citou o custo crescente da dívida, o engessamento dos gastos públicos e a lentidão na construção de confiança fiscal como fatores que impediram uma melhora na avaliação do país.

Fonte: revistaoeste

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