Economia

Estados Unidos enfrentam impacto significativo de tarifas, conforme relatório da CNI

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Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (16) indica que os Estados Unidos deverão ser o país mais afetado pelas tarifas comerciais adotadas pelo próprio governo norte-americano. Segundo a pesquisa, baseada em dados do IBGE, do Ministério do Desenvolvimento e da Universidade Federal de Minas Gerais, o PIB dos EUA pode recuar 0,37% em razão das barreiras tarifárias contra o Brasil, China e outros 14 países, além de sobretaxas sobre importações de aço e automóveis.

No Brasil, o impacto estimado é de uma retração de 0,16% no PIB, equivalente a R$ 19,2 bilhões, além de uma queda de R$ 52 bilhões nas exportações e a possível eliminação de 110 mil postos de trabalho. A economia global também seria atingida, com redução de 0,12% no PIB mundial e recuo de 2,1% no comércio internacional.

Os números mostram que esta política é um perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI. Ele defendeu o avanço das negociações com os EUA, ressaltando a importância da complementaridade entre as economias.

Entre os setores brasileiros mais prejudicados com o tarifaço estão:

  • Máquinas agrícolas: queda de 4,18% na produção e 11,31% nas exportações;
  • Aeronaves e equipamentos de transporte: recuo de 9,1% na produção e 22,3% nas exportações;
  • Carne de aves: redução de 4,1% na produção e 11,3% nas exportações.

As unidades da federação que devem sofrer os maiores impactos econômicos são São Paulo (R$ 4,4 bilhões a menos no PIB), Rio Grande do Sul e Paraná (ambos com R$ 1,9 bilhão), Santa Catarina (R$ 1,7 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,6 bilhão).

O levantamento também destaca que o Brasil mantém uma tarifa média de 2,7% sobre produtos norte-americanos. Mesmo assim, entre 2015 e 2024, os EUA apresentaram superávit comercial com o Brasil: US$ 43 bilhões em bens e US$ 165 bilhões em serviços. Atualmente, os Estados Unidos são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, representando 12% das exportações brasileiras e 16% das importações, sendo ainda o principal destino das exportações da indústria de transformação nacional.

Fonte: cenariomt

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