Abilio reafirma lealdade a Bolsonaro ao buscar equilíbrio entre apoio a Pivetta e Wellington em vídeo

“Se ele [Bolsonaro] nos orientar em alguma condução, vou seguir seus conselhos. Assim como seguirei as orientações do PL, partido do qual faço parte […]. O presidente Bolsonaro é o nosso líder”, disse o prefeito na última semana.

A declaração foi dada poucas horas após a divulgação de uma reunião entre Bolsonaro e Wellington, na qual o ex-presidente teria reafirmado apoio ao senador para a disputa de 2026, segundo a Coluna Esplanada. Embora tratado como pré-candidato, Wellington ainda enfrentava resistências internas na legenda.

Na mesma semana, Abilio já havia revelado ter feito um convite pessoal ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) — pré-candidato consolidado ao governo e sucessor político do governador Mauro Mendes (União) — a se filiar ao PL e integrar o grupo bolsonarista. Segundo o prefeito, caso Pivetta aceitasse, teria que “se resolver” com Wellington sobre a definição da candidatura.

Apoiado por Mauro e Pivetta no segundo turno da eleição que o elegeu prefeito de Cuiabá, em 2024, Abilio chegou a declarar apoio à candidatura de Pivetta no início do mandato. No entanto, voltou atrás após receber um “puxão de orelha” do diretório regional do PL, que trabalha para lançar uma candidatura própria. Desde então, vem evitando confronto direto com Wellington e tem sinalizado respeito à hierarquia da sigla.

Desde o início do ano, lideranças da direita no estado defendem a unificação em torno de um único nome para a disputa ao governo. No entanto, o cenário atual aponta para, no mínimo, duas candidaturas no mesmo campo ideológico.

Com o apoio de Mauro Mendes, do ex-senador Cidinho Santos (PP), do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), do empresário Eraí Maggi (PP) e do próprio Republicanos em âmbito regional e nacional, Pivetta encabeça uma das candidaturas mais competitivas da direita.

Já Wellington, apontado como “o candidato de Bolsonaro” em um dos estados mais bolsonaristas do país, também desponta como forte nome para 2026, indicando uma possível divisão no campo conservador.