O México e o Reino Unido retiraram as restrições impostas à carne de frango brasileira, ampliando o grupo de países que já retomaram as importações após o registro de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS), em 15 de maio. A liberação é vista com alívio pelo setor produtivo, que ainda enfrenta entraves em mercados estratégicos.
Segundo balanço atualizado, 27 países já suspenderam totalmente as restrições e voltaram a importar normalmente, incluindo Filipinas, Singapura, África do Sul, México e Reino Unido. Ainda assim, 11 países mantêm a suspensão total das exportações brasileiras de carne de aves, como China, União Europeia, Canadá e Chile, o que tem afetado a balança comercial do setor e contribuído para a queda dos preços no mercado interno, conforme apontou o Cepea.
Além disso, 14 países adotaram restrições parciais limitadas ao estado do Rio Grande do Sul, enquanto Catar e Jordânia mantêm a suspensão exclusivamente ao município de Montenegro. O Japão, por sua vez, ampliou a restrição aos municípios de Montenegro, Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO). Já outros seis países e territórios reconhecem a regionalização, limitando as restrições apenas a zonas específicas, conforme acordos sanitários internacionais.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e o Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhecem o princípio da regionalização, permitindo que países importadores adotem restrições apenas nas áreas afetadas, em vez de vetar toda a produção nacional.
Com a reabertura de mercados importantes como México e Reino Unido, o setor avícola brasileiro vê sinais de recuperação, mas ainda trabalha junto ao governo federal para reverter as demais suspensões, especialmente em mercados de alto valor agregado como União Europeia e China.
Fonte: cenariomt