A Food and Drug Administration (FDA) autorizou a comercialização dos filés de salmão da empresa Wildtype – que são produzidos em laboratório, por meio da multiplicação de células. Nos últimos anos, empresas como a Upside Foods e a Good Meat obtiveram permissão para produzir carne sintética, feita por cultivo celular, de boi e de frango; o salmão da Wildtype é o primeiro peixe.
O processo é o seguinte. Uma pequena amostra de células é extraída de um animal, uma única vez. Em seguida, as células são cultivadas em biorreatores, grandes tanques cheios de aminoácidos e nutrientes, para que elas se multipliquem.
De tempos em tempos, as células são colhidas, processadas e transformadas no produto final, que pode ter a forma de carne moída, hambúrgueres ou filés. Em tese, a carne sintética tem composição e sabor idênticos à natural.
O salmão sintético já começou a ser servido num restaurante da cidade de Portland, e a Wildtype abriu inscrições para outros que tenham interesse em vendê-lo. Ao mesmo tempo, a “carne de laboratório” enfrenta obstáculos legais: oito Estados americanos proibiram a venda de produtos do tipo, alegando que ainda não foram suficientemente testados e podem ter efeitos sobre a saúde humana.
Fonte: abril