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Rússia inaugura fábrica de munição para fuzis na Venezuela: parceria estratégica em destaque

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A estatal da Rússia Rosoboronexport anunciou, nesta quarta-feira, 2, a conclusão da primeira etapa de construção de uma fábrica dedicada à produção de munições para fuzis Kalashnikov na Venezuela. A planta terá capacidade anual de até 70 milhões de cartuchos de calibre 7,62×39 mm.

De acordo com comunicado oficial, o empreendimento conta com quatro linhas modernas de fabricação: duas que produzem cartuchos com projéteis de núcleo de aço e outras duas para munições traçantes e de . O diretor executivo da Rostec State Corporation, Oleg Yevtushenko, afirmou que planeja produzir rifles automáticos AK-103 no país sul-americano.

Durante a cerimônia de inauguração, Yevtushenko destacou o caráter estratégico do projeto e disse que a Venezuela é o “principal parceiro” da Rússia na região. “Planejamos lançar uma linha de montagem dos fuzis de assalto AK-103 aqui”, anunciou. “Com isso, pretendemos estabelecer uma cadeia tecnológica completa – do cartucho ao dispositivo de disparo – com precisão total.”

O diretor-geral da Rosoboronexport, Alexander Mikheyev, enfatizou as dificuldades para executar o projeto diante das restrições internacionais. “A construção da fábrica de cartuchos na Venezuela foi um grande desafio para a Rosoboronexport, por causa da pressão das sanções sobre os dois países”, afirmou.

“Apesar de restrições objetivas, junto com a Rostec, implementamos o complexo projeto de infraestrutura e mostramos ao mundo que sempre cumprimos os compromissos com nossos parceiros”, declarou. Segundo ele, “o potencial de defesa da Venezuela aumentou consideravelmente com a inauguração da primeira etapa da planta”.

O governo venezuelano enviou representantes ao evento, como o vice-ministro da Defesa, Henry Rodriguez, e o ministro da Indústria e Produção Nacional, Alex Saab. Na ocasião, foi assinado o termo de garantia para o funcionamento da primeira linha de produção.

As autoridades russas informaram que, ao longo do primeiro ano de operação, haverá suporte técnico direto de equipes de Moscou. Depois desse período, a fabricação será conduzida por especialistas venezuelanos treinados por técnicos russos.

“Durante o primeiro ano, forneceremos assistência técnica e garantia para nossos equipamentos”, acrescentou Yevtushenko. “Depois disso, os especialistas venezuelanos produzirão a munição de forma independente.”

O projeto remonta a um contrato firmado em julho de 2006, que previa a transferência de tecnologia e o fornecimento de equipamentos para a montagem dos e de seus cartuchos. A nova fábrica também inclui instalações de apoio, como áreas de armazenamento, campo para testes de munição traçante, unidade de destruição de resíduos e reservatório de combate a incêndios.

A Venezuela já opera diferentes equipamentos militares russos, como aviões, helicópteros, veículos blindados e as próprias armas leves Kalashnikov. De acordo com comunicado da Rostec, a colaboração tem contribuído para “garantir a capacidade de defesa e combater o narcotráfico e o crime organizado” no país.

Fonte: revistaoeste

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