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Etno Expo no Mato Grosso: Circuito de Etnoturismo em Expansão e Valorização Cultural

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Etno Expo amplia circuito de etnoturismo em MT e fortalece valorização cultural

Sete etnias de 32 aldeias espalhadas por cinco municípios entrarão no circuito das atividades deste segmento; iniciativa visa promover inclusão dos povos originários com autonomia no setor

Por Assessoria de Imprensa do Sebrae/MT
ASN MT
30/06/2025 às 13:49

Inclusão social, valorização das culturas originárias e a expansão do etnoturismo foram algumas das principais pautas debatidas durante a Etno Expo 2025. A iniciativa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) Destino Parecis na Aldeia Wazare, em Campo Novo do Parecis (391 km de Cuiabá), reuniu diversas etnias com o objetivo de expandir o trade turístico no estado. Com atividades como danças tradicionais, exposições de artesanato e culinária, rodas de conversa e painéis sobre empreendedorismo, a terceira edição do evento atraiu visitantes de diferentes regiões do estado e do país, com o objetivo de fortalecer a conexão entre turismo e identidade cultural.

De acordo com o diretor Técnico do Sebrae Mato Grosso, André Schelini, o novo roteiro do etnoturismo no estado vai englobar 32 aldeias espalhadas por cinco municípios (Campo Novo do Parecis, Sapezal, Tangará da Serra, Brasnorte e Barra do Bugres). “Estamos falando de um turismo de contemplação, de manifestações culturais, de biodiversidade, bioeconomia e diversidade cultural, tudo respeitando a singularidade de cada uma das etnias do estado. O etnoturismo em Mato Grosso é uma ferramenta poderosa para preservar e difundir a cultura dos povos originários, mas também para promover geração de empregos e renda, bem como o desenvolvimento econômico sustentável”, destacou.

O impacto econômico da atividade promovido por meio da Etno Expo tem crescido ao longo dos anos, já que o ticket médio por turista nas aldeias passou de US$ 8 para US$ 100 em apenas três anos. Schelini também explica que mais de 200 famílias passaram a viver do turismo nas comunidades, atuando em áreas que vão da gastronomia à comunicação digital. “Esse modelo de negócio garantiu engajamento das lideranças e inclusão social, mostrando que o turismo é uma cadeia ampla, que gera renda e oportunidade em várias frentes”, concluiu.

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A ação do Sebrae/MT junto às comunidades e em parceria com as prefeituras municipais é fundamental para dar visibilidade ao trabalho dos grupos indígenas na promoção da cidadania, cultura, tradições e preservação ambiental, na visão do cacique Rony Paresi. Para o líder, a cooperação traz segurança e qualidade de vida para o território. “Graças a esse casamento de conhecimento e turismo, podemos trazer muito mais pessoas para conhecer nossa aldeia, desmistificar a figura do índio e mostrar que nos adaptamos à contemporaneidade, mas sem perder a cultura e os costumes. Estamos conectados com o mundo global e no caminho certo, que é trabalhar turismo sustentável”.

Conforme o gerente Regional do Sebrae/MT, Wlademir Alves da Silva, a instituição atua na roteirização de destinos do segmento e promove qualificação nas aldeias. O foco é bem claro: explorar todas as potencialidades nas áreas em que o etnoturismo e o ecoturismo são grandes ativos, com foco na sustentabilidade e seguindo a instrução normativa 03/2015. “Nossa missão é tornar esta rota de etnoturismo a maior do Brasil. Precisamos desenvolver as comunidades por meio de cursos e capacitações para promover um turismo sustentável, consciente, além de preservar a cultura nos territórios. Dessa forma, fazemos com que as pessoas dessas comunidades se tornem protagonistas de suas próprias histórias e gere emprego e renda para a região”.

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Sucesso de público

Fenômeno de público, a terceira edição da Etno Expo reuniu mais de 400 pessoas.
De passagem pela cidade, Juliana Camargo aprovou a experiência de ter um contato mais próximo com os saberes de grupos originários. “Oportunidade perfeita para comprar peças de artesanato e contemplar um pouco das tradições dos ancestrais”.
Quem também apreciou foi o vereador por Sapezal, Antônio Rodrigues. “A cultura indígena é muito importante e precisa ser levada para mais pessoas dos grandes centros que, eventualmente, não conhecem essa maravilha”.

Fonte: Sebrae

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