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Turismo

Descubra Huacachina: oásis natural no deserto peruano

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A imagem de um oásis, um refúgio de águas e palmeiras em meio às areias escaldantes, parece uma ideia muito mais associada a gigantes secos como o Saara do que a regiões desérticas na América Latina. Mas eles também existem por aqui – e nenhum é tão famoso quanto Huacachina, no interior peruano.

Localizado no Deserto do Pacífico, a extensa região de pouca umidade que acompanha o litoral do Peru e desce rumo ao Atacama chileno, esse oásis começou a figurar em roteiros de viajantes que desejam conhecer os atrativos do sul do país. A lagoa, que fica a cerca de 300 km de Lima, é uma boa opção para um roteiro mais amplo para quem se aventura longe da capital.

A história e a lenda de Huacahina

Um lago formado naturalmente no deserto próximo à cidade de Ica, Huacachina tradicionalmente atraiu viajantes que passavam pela região em busca das propriedades alegadamente terapêuticas atribuídas tanto à água quanto ao lodo que se deposita no fundo. A população local dizia que casos de artrite, reumatismo e até asma poderiam ser aliviados pelas substâncias sulfurosas encontradas ali.

Não se sabe até que ponto as afirmações são verdadeiras, mas, entre a beleza do oásis e as promessas de curas mágicas, o local se consagrou como um destino turístico a partir da década de 1960. Com o tempo, ficou tão famoso que se tornou até um dos símbolos nacionais: na versão mais antiga da cédula de 50 soles, emitida nos anos 1990 e 2000, o oásis aparecia no verso. Hoje em dia está mais raro encontrar essa nota (um novo desenho entrou em circulação em 2011), mas com um pouco de sorte você pode levar essa recordação extra do passeio.

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Os “tubulares” são um passeio clássico nas dunas, mas é preciso cuidado na hora de contratar o passeio (Jared Schwitzke/Unsplash)

Hotéis se instalaram ao redor do lago e, além da própria água, atrações incluem a prática de sandboard e os populares passeios de buggy nas dunas, conhecidos por lá como “tubulares”. Aqui vale um alerta: há centenas de tubulares clandestinos em Huacachina e já ocorreram acidentes fatais. Busque referências sobre a agência antes de embarcar em qualquer passeio. A mesma coisa vale para o sandboard: as pranchas podem atingir altas velocidades e acidentes não são raros.

A lenda por trás de Huacachina conta que o lago no deserto teria se originado com uma princesa nativa – a tal Huacca China – que se banhava em um pequeno corpo d’água que existia ali. Assustada ao ver um homem se aproximando, ela saiu correndo, deixando seu espelho e as próprias vestes para trás – eles se tornaram, respectivamente, a lagoa e as dunas. Ainda de acordo com o folclore, a própria princesa teria virado uma sereia que pode ser avistada no oásis quando ele está vazio.

Como chegar

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Até no dinheiro: oásis aparece na antiga cédula de 50 soles, emitida entre 1991 e 2011. Muitas seguem em circulação (Inés Fernández/Flickr)

Huacachina fica a apenas 5 km da cidade de Ica, um importante centro urbano com 250 mil habitantes que pode servir de estágio intermediário para outros destinos vizinhos nessa parte do país.

Em geral, quem visita o oásis acaba incluindo o local em uma viagem que também passa pela Reserva Nacional de Paracas, uma área de proteção ambiental à beira-mar, e uma visita às Linhas de Nazca, encontradas quando se ruma à direção oposta, deserto adentro. Ica fica praticamente a meio caminho dos dois destinos, a cerca de 75 km de Paracas e a 120 km de Nazca. Confira outras dicas de roteiros pelo Peru.

Para quem vem de Lima e deseja aproveitar tudo, a opção mais prática costuma ser contratar já na capital um tour completo que inclui todas essas alternativas. Dá para alugar um carro e fazer as viagens por conta própria, mas é preciso estar preparado para gastos extras, já que os principais atrativos em Paracas – como as Ilhas Ballestas – exigem um passeio de barco, e a visualização dos geoglifos de Nazca demanda pegar um avião.

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Fonte: viagemeturismo

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