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CENÁRIO AGRO

Congresso Internacional em Cuiabá: Gestão de Incêndios em Destaque

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Grupo do Whatsapp Cuiabá

Cuiabá sediará a primeira edição do ForestFire – Congresso Internacional de Gestão de Incêndios Florestais, realizado pelo o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) e reunirá especialistas de dez países para participar dos debates. 

O encontro é uma oportunidade para pesquisadores, produtores rurais, bombeiros, brigadistas e especialistas compartilharem ações futuras de gestão de incêndios florestais em conjunto com a proteção de vidas, do ecossistema e preservação do planeta. 

Conforme o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Cel. Glêdson Vieira, para o Estúdio Rural deste sábado, o planeta inteiro tem sofrido com incêndios florestais.

Segundo o coronel, em 2024, mais de 600 municípios do Brasil declararam situação de emergência pelo avanço do fogo em áreas verdes. 

“Em Mato Grosso, todos os anos se instala uma condição atmosférica de seca severa que causa situações propícias para que grandes incêndios ocorram. Em 2020, houve um grande incêndio no Pantanal e a imprensa internacional fez uma associação disso com os produtores rurais, como se uma coisa fosse a causa da outra e a gente sabe que os produtores apoiam o enfrentamento de incêndios”, explica. 

O comandante explica que foi necessário entender como outros países estavam lidando com essas mudanças na forma de ocorrências florestais.

“A ideia é entender como outros países lidam com essas ocorrências e ver o que podemos adaptar para o nosso país. E queremos mostrar como Mato Grosso se preocupa com o meio ambiente e como o produtor também está aliado a isso. Nós queremos mostrar pro mundo o nosso trabalho”, pontua.

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Foto: Dia De Ajudar Mato Grosso

Participação essencial de produtores rurais 

Em 2024 foi realizado um diagnóstico para mapear e classificar os territórios atingidos por incêndios no estado. 

Os números mostram que os produtores rurais, na realidade, são os grandes aliados na prevenção aos incêndios florestais.  Menos de um foco de calor foi registrado em 100km²  de área privada regularizada no estado.  

“Quando a gente vai a campo, encontramos um produtor rural com caminhão pipa, maquinários e eles participam do combate de fogos que nem estão na área deles. Eu pedi para esse levantamento ser feito para entender isso”, ressalta  Glêdson. 

Ele também comenta sobre o Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais (Sicraif), um novo sistema para que produtores rurais, prefeituras, instituições e demais parceiros possam registrar os meios que possuem para combater incêndios florestais, como máquinas, equipamentos e equipes. 

“Então se nasce um foco de calor eu consigo detectar via satélite e ligar para o produtor mais próximo, o gerente de fazenda mais próximo para ele ir até lá e esperar minha equipe chegar. É um trabalho feito em conjunto e de forma mais rápida e eficiente. Isso aconteceu no Pantanal ano passado, 88% dos eventos de fogo que aconteceram, o Corpo de Bombeiros extinguiu quase que imediatamente. Só 12% dos dos eventos de fogo que lá aconteceram, viraram grandes incêndios”, ressalta o comandante. 

R$ 125 milhões para combate aos incêndios 

Para este ano, o Corpo de Bombeiros criou uma sala de situação de atenção exclusiva para o Pantanal. Com esse recurso é possível entender como os incêndios acontecem no estado, especialmente, para cuidar e monitorar o Pantanal. 

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Fonte: canalrural

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