O caso suspeito de gripe aviária em aves de criação doméstica (subsistência) em Nova Brasilândia foi descartado na tarde desta segunda-feira (19). A confirmação é do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), após o resultado negativo no exame que investigou a suspeita.
Com o descarte da suspeita, Mato Grosso segue livre da gripe aviária.
Conforme o Instituto, o material coletado em Nova Brasilândia foi encaminhado para análise em um laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que descartou a doença.
De acordo com o Mapa, além de Nova Brasilândia, foram descartadas até a manhã desta terça-feira (20) suspeitas de gripe aviária em granjas de subsistência em Gracho Cardoso, no Sergipe, e em Triunfo, no Rio Grande do Sul. São investigados ainda casos em Aguiarnópolis no Tocantins, Salitre no Ceará, Ipumirim em Santa Catarina e Estância Velha no Rio Grande do Sul.
20 países suspendem exportações
Nesta segunda-feira (19), durante coletiva de imprensa, o Mapa confirmou a suspensão da exportação de carne de aves por parte de 20 países.
Manifestaram pela suspensão da importação da carne de aves de todo o Brasil países como México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina.
Já a China, União Europeia, África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka a suspensão para todo o território nacional foi aplicada em atendimento aos requisitos sanitários em protocolos assinados com esses países parceiros.
De forma regionalizada, Reino Unido, Cuba e Bahrein suspenderam o estado do Rio Grande do Sul. O Ministério declarou ainda que diversos outros países aplicam a restrição apenas à área afetada.
Inspeções e fiscalizações reforçadas
O estado reforça que desde a última sexta-feira (16), quando o Mapa confirmou um caso em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, intensificou os protocolos de vigilância para impedir a entrada da Influenza aviária (H5N1).
O Indea pontua que em Mato Grosso os protocolos de segurança envolvem o aumento no número de inspeções em propriedades rurais que possuem aves de fundo de quintal, além de ações de fiscalizações e monitoramento em granjas comerciais. Ainda, o aumento na coleta de amostras de secreções de galinhas, patos, gansos e perus de criações domésticas, e fiscalização de barreiras sanitárias em veículos com produtos e animais vindos do Sul do país.
O Instituto frisa que a influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como manchas vermelho-arroxeadas de cristas e barbelas, manchas avermelhadas nas pernas, dificuldade respiratória, tosse, espirro, coriza, torcicolo, andar cambaleante e diarreia.
Estado em alerta desde 2023
Desde a confirmação no início de 2023 do foco de Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na Bolívia, o Indea salienta trabalhar focado em prevenir a entrada da doença viral no território estadual.
Dados da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal do Indea (CDSA) mostram que, de janeiro de 2024 a abril de 2025, foram realizadas 15.767 atividades de vigilância baseadas em risco. O órgão realizou ainda 54 visitas de vigilância ativa em granjas comerciais e 53 visitas em propriedades rurais com aves para consumo próprio.
No período de 16 meses, foram colhidas 2.134 amostras de suabes (uso de cotonetes) e 1.067 amostras de soros em aves de produção comercial. Já em aves de subsistência foram 1.166 suabes colhidos e 583 soros coletados.
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Fonte: canalrural