Toda a população sul-mato-grossense com idade a partir de 6 meses poderá se vacinar contra a gripe a partir desta terça-feira (13). A ampliação do público foi determinada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) diante do aumento do número de casos e de mortes por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no estado, especialmente entre crianças e idosos.
A medida já está vigor em Campo Grande desde o mês passado.
Os dados epidemiológicos que embasaram a decisão mostram que Mato Grosso do Sul já registrou 2.708 casos de Síndrome Respiratória e 203 mortes. Desse número, 586 pacientes foram diagnosticados com Influenza, doença que causou a morte de 68 pacientes.
Ainda conforme o levantamento, os idosos são os mais afetados e representam 48,70% das internações, seguidos por crianças de 1 a 9 anos, com 26,80%.
No caso dos idosos, a evolução para morte ocorreu em 79,40% dos casos confirmados.
Para tentar frear o número de mortes, a vacinação foi ampliada.
De acordo com o gerente de imunização da SES, Frederico Moraes, quatro fatores influenciaram na decisão: o cenário epidemiológico, a sobrecarga do sistema de saúde, a disponibilizada de dose e cobertura vacinal.
“A partir desta terça-feira, dia 13, a gente autoriza a vacinação nos 79 municípios para o público acima de 6 meses. Mas a gente reforça a vacinação nos grupo prioritário, idosos, crianças e gestantes”.
Frederico Moraes
Conforme Frederico, o estado já recebeu 100% das vacinas destinadas ao público-alvo e na próximo sexta-feira, dia 16, um novo lote deve ser distribuindo entre os municípios.
Desde o início da campanha de vacinação, em 24 de março, mais de 410 mil doses da vacina contra Influenza foram aplicadas em Mato Grosso do Sul, o que coloca o estado com a melhor cobertura vacinal do país, de acordo com dados do Ministério da Saúde, mas, ainda assim, muito abaixo do ideal.
Isso porque a cobertura vacinal entre os grupos prioritários (que são de crianças, gestantes e idosos com 60 anos ou mais) ainda está em 29,89% — a meta estabelecida do Ministério é de 90%.
Campo Grande, capital do estado, já declarou situação de emergência em saúde pública devido à alta ocupação de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) neonatal e pediátrica em decorrência do aumento das doenças respiratórias.
Fonte: primeirapagina