Em vídeo que circula nas redes sociais, a vereadora Manu Vieira (PL), de , usou pedaços de bolo de cenoura para ilustrar um dado estarrecedor: o Brasil é um dos países onde mais se perde tempo apenas para pagar impostos.
Com bandeirinhas fincadas nos pedaços de bolo, a vereadora catarinense comparou a carga tributária de cinco países — Noruega, China, Estados Unidos, Chile e Brasil. Este último apresenta o cenário mais hostil aos empreendedores.
Assista ao vídeo
Conforme os dados apresentados por Manu, o tempo que os países levam para cumprir com suas obrigações fiscais é este:
- Brasil (1501 horas);
- Chile (296 horas);
- Estados Unidos (175 horas);
- China (138 horas); e
- Noruega (79 horas).
“Entendeu agora por que é tão difícil gerar emprego no Brasil?”, indagou a vereadora, ao fim do vídeo.
O sufocamento do empreendedor brasileiro
Em reportagem publicada na , a Revista mostra os entraves burocráticos e tributários que pesam sobre qualquer um que se atreva a empreender no Brasil. Tanto as esferas federal quanto a estadual e a municipal têm suas próprias exigências — todas designadas a sugar o máximo possível do caixa das empresas.
O ambiente de negócios cronicamente atrasado do Brasil impressiona até estrangeiros. O Banco Mundial, em 2021, em um estudo sobre o país, descobriu que empresas nacionais gastam 1,5 mil horas por ano apenas para cumprir obrigações fiscais. Em países desenvolvidos, esse total é de 150 horas. É o que ilustra o vídeo de Manu.
A complexidade para empreender é mais intensa em alguns Estados, como no Rio de Janeiro, que tem o segundo maior Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do país.
“Responsável pelo segundo maior PIB estadual do país — atrás apenas de São Paulo —, o Rio de Janeiro tem também o segundo maior ICMS. Com alíquota padrão de 22%, perde para o Maranhão, cuja taxa foi atualizada para 23% neste ano. Ainda assim, o Estado nordestino teve mais empresas abertas em 2023 que o Rio. […] Não à toa, mais de 180 mil empresas fecharam as portas em 2023 no Estado. Entre os empresários que decidiram nadar contra a corrente e manter o negócio aberto está José Alexandre Pinto, dono da Panificação Oceano, localizada na Ilha do Governador, zona norte da capital.
Junto ao sócio, ele toca a empresa há 27 anos. ‘A carga tributária e a burocracia só aumentam’, lamenta. Somando-se os gastos com impostos, serviços de contabilidade e outras obrigações, o total chega a 30% do faturamento mensal. Os custos para contratar, manter ou demitir funcionários também são bastante elevados.”

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Fonte: revistaoeste