Após 18 anos de inatividade, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de Mato Grosso (SATED-MT) está em processo de reativação e convida todos os profissionais da arte e da técnica a se engajarem na luta por reconhecimento, valorização e melhores condições de trabalho.
A mobilização, que teve início com um pequeno grupo de 16 pessoas, e hoje já reúne mais de 300 artistas e técnicos num esforço coletivo para devolver à categoria um sindicato atuante e representativo.
A assembleia para eleição da nova diretoria está marcada para o dia 28 de maio, às 19h, na Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), e marcará um novo capítulo para a classe artística mato-grossense.
Segundo a atriz e diretora Daya Brasil, que integra a organização da mobilização, a importância do SATED vai muito além da representatividade institucional.
“São 18 anos que nós não temos uma legalização, uma fiscalização, a formação, a profissionalização, o registro do DRT, que é o registro do ator, do profissional das artes cênicas”, afirma.
O SATED abrange categorias como artistas do circo, da dança, do teatro e todos os técnicos envolvidos nos espetáculos, como sonoplastas, iluminadores, técnicos de audiovisual e roadies.
Daya destaca que, com a ausência do sindicato, os profissionais da área têm trabalhado de forma precária e sem respaldo legal.
“Nós queremos fiscalizar as produtoras de cinema e publicidade, para que elas paguem um valor justo para o artista, para que seja tabelado o valor da diária”.
O processo de reativação tem sido conduzido com o apoio de um grupo engajado que, nos últimos sete a oito meses, tem atuado ativamente na regularização jurídica da entidade.
“É uma mobilização completamente coletiva. Nós nos organizamos em um grupo com mais de 300 pessoas para conseguir pagar o advogado, entrar com ação judicial e resolver os muitos problemas burocráticos do sindicato”, explica Daya.
O chamado é claro: todos os artistas e técnicos do estado estão convidados a se envolver, conhecer melhor o SATED-MT e fazer parte desse movimento de reconstrução.
“Estamos na luta para tentar reconstituir um sindicato mais digno, mais honesto, mais íntegro, que esteja realmente trabalhando pelos artistas”, conclui Daya.
Fonte: primeirapagina