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PolĂ­tica

Janaina Riva se desculpa por uso de termo considerado racista na ALMT: Apologia e Esclarecimento

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– A deputada estadual Janaina Riva (MDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), durante a sessĂŁo plenĂĄria desta quarta-feira (30), para pedir desculpas pĂșblicas por ter utilizado expressĂ”es consideradas racistas ao criticar o secretĂĄrio-chefe da Casa Civil, FĂĄbio Garcia.

O pedido foi feito no mesmo espaço onde a parlamentar havia feito as declaraçÔes, momentos antes, ao denunciar suposta retaliação por parte do Governo do Estado, em relação ao pagamento de emendas parlamentares.

“Peço perdĂŁo Ă queles que eu possa ter ofendido, nĂŁo recebi mensagem de ninguĂ©m, mas quero me antecipar. Quando a gente comete um equĂ­voco como esse, nĂłs que ainda estamos aprendendo sobre letramento racial, Ă© importante fazer isso no mesmo ambiente onde cometeu o ato imprĂłprio”, disse Janaina.

Ela reconheceu que usou expressĂ”es inadequadas e listou uma sĂ©rie de termos com conotaçÔes racistas que, segundo ela, precisam ser evitados. “Essa Ă© uma impressĂŁo racista e que nĂŁo pode ser utilizada. Inclusive, ‘tuas negas’, ‘denegrir’, ‘coisa tĂĄ preta’, ‘serviço de preto’, ‘dia de branco’, ‘inveja branca’, ‘criado mudo’, ‘samba do criolo doido’, entre outras palavras que temos habito de utilizar, nĂŁo devem ser utilizadas”. Ela tambĂ©m pediu que a palavra usada por ela durante a crĂ­tica ao secretĂĄrio FĂĄbio Garcia seja retirada oficialmente de seu discurso. “Quero pedir desculpas em pĂșblico”, concluiu.

O pedido de desculpas ocorreu no contexto de uma denĂșncia feita por Janaina contra uma suposta articulação do governo para impedir o pagamento de emendas parlamentares de sua autoria. Segundo ela, FĂĄbio Garcia teria dito, diante de testemunhas e na presença de um prefeito do interior, que nĂŁo liberaria os recursos destinados por ela.

“Quero dizer ao secretĂĄrio FĂĄbio Garcia: vai pagar cada centavo das minhas emendas. E se nĂŁo pagar, vai me enfrentar com muita força aqui na Assembleia de uma forma que ele nunca viu”, afirmou a deputada, que Ă© a Ășnica mulher entre os 24 parlamentares da atual legislatura e a mais votada do estado. “Esse Ă© um direito que me foi dado nas urnas. Se quer me perseguir, que use aquilo que Ă© dele. Mas ele nĂŁo vai usar dinheiro pĂșblico para perseguir deputada”.

A denĂșncia veio Ă  tona no mesmo perĂ­odo em que repercute a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7807, ajuizada pelo governador Mauro Mendes (UniĂŁo Brasil) no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação questiona a obrigatoriedade da execução de emendas de bancada e de bloco parlamentar, prevista na Constituição Estadual. Para Janaina, a medida Ă© uma tentativa do Executivo de enfraquecer o poder do Legislativo.

“Quer entrar na Justiça para acabar com emenda de bancada e estĂĄ todo mundo quieto. EstĂĄ achando que a Assembleia Ă© o quĂȘ? Que Ă© feita sĂł de pau-mandado? Eu nĂŁo sou pau-mandada”, afirmou, ao criticar o que chamou de “chantagem barata” por parte do governo.

Ao encerrar seu discurso, a deputada ainda levantou suspeitas sobre o uso polĂ­tico da estrutura do Estado. “Vou atrĂĄs de cada centavo de emenda que me Ă© devido, porque nĂŁo Ă© meu, Ă© dos municĂ­pios. Agora ficar fazendo campanha de deputado federal com dinheiro do Estado? Prometendo trĂȘs, quatro, cinco milhĂ”es? Opa, pera aĂ­. E nĂłs aqui sĂł assistindo? Comigo nĂŁo”.

Fonte: odocumento

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