O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos emitiu uma nota na tarde desta terça-feira, 29, em que anuncia a possibilidade de na principal unidade da Embraer no Vale do Paraíba. Os sindicalistas reclamam da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Conforme o sindicato, a proposta que a Embraer apresentou atinge, no máximo, 125% do salário de cada trabalhador. “O percentual, no entanto, é definido unilateralmente pela Embraer, sem negociação direta com os representantes sindicais”, afirma a nota.
Os sindicalistas reconhecem a existência de uma comissão interna para discutir a proposta, porém, argumentam que essa comissão está sob controle da área de Recursos Humanos da empresa. Para a entidade, “isso enfraquece a transparência do processo e compromete a legitimidade das decisões”.
A mobilização sustenta que a , com R$ 35,4 bilhões em receita. Esse valor corresponderia a um crescimento de 700% no lucro em comparação com o ano anterior. “Apesar dos números expressivos, os funcionários alegam que os valores repassados não refletem o esforço coletivo que contribuiu diretamente para esse desempenho”, afirma o movimento.
Na avaliação do sindicato, o modelo atual da proposta favorece disparidades e ignora o princípio de distribuição justa. “Batemos todas as metas e, mesmo assim, a empresa insiste em manter uma PLR limitada e desigual. Se apenas 2% da receita fosse destinada a esse pagamento, cada trabalhador poderia receber cerca de R$ 35 mil, de forma igualitária”, diz o diretor do sindicato e funcionário da Embraer, Herbert Claros.
Diante da rejeição da proposta, o sindicato afirma que irá intensificar a pressão para que a empresa abra um canal de negociação efetivo. Enquanto isso, os trabalhadores permanecem mobilizados e em estado de greve, aguardando um posicionamento da fabricante de aeronaves. Procurada pela reportagem da , a Embraer informou por e-mail que “a PLR vem sendo incrementada anualmente, acumulando um aumento de 278% nos últimos cinco anos”.
Fonte: revistaoeste