Segundo o delegado da Polícia Federal e superintendente da instituição em Mato Grosso, Fabrício Fernando Braga, o grupo utilizava 17 CNPJs diferentes, operando como uma grande rede de fachada para movimentar recursos ilegais e ocultar o patrimônio. Embora formalmente distintas, as empresas atuavam em conluio, com movimentação cruzada de mercadorias e dinheiro.
Durante a operação, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em lojas de shoppings centers, residências de empresários e imóveis utilizados pelos “laranjas” que emprestavam seus nomes para o registro das empresas e aquisição de bens.
A investigação, que se iniciou após uma fiscalização da Receita Federal em 2023, apontou que grande parte dos produtos comercializados eram falsificados, inclusive com selos da Anatel adulterados para simular a legalidade dos eletrônicos, o que configura não apenas fraude tributária, mas também crime contra o consumidor.
“O consumidor ia ao shopping acreditando estar comprando um produto de qualidade, mas adquiria eletrônicos falsificados, muitos com selo da Anatel falsificado. Essa prática é uma fraude grave, pois prejudica o consumidor e gera concorrência desleal”, explicou o auditor fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro Fontes.
Os envolvidos responderão pelos crimes de descaminho, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A Receita Federal ainda apura os tributos sonegados e o valor real do patrimônio dos investigados.
Segundo a Polícia Federal, as investigações continuam para apurar a totalidade do esquema e possível ampliação dos envolvidos.
Fonte: leiagora