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Turismo

Blue Train: luxo e aventura na África do Sul com parada em safári

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De Nelson Mandela a Margaret Thatcher, passando por uma longa lista de outros dignitários estrangeiros e viajantes endinheirados, a lista de quem vai atrás de atravessar com conforto e estilo a África do Sul a bordo de uma dos trens de luxo mais famosos do mundo é longa e se estende por mais de um século. Trata-se do Blue Train, um trajeto tão exclusivo que já recebeu a alcunha de “hotel 5 estrelas móvel”.

Em operação desde 1923, a linha conecta o coração do país com seu litoral. São 1,6 mil quilômetros entre Pretória e a Cidade do Cabo, em um caminho que também conta com excursões fora do trem azul (o nome faz referência à cor dos vagões), para explorar em detalhe paisagens unicamente sul-africanas de tirar o fôlego.

Atrações pelo caminho

Embora a viagem possa durar “apenas” 27 horas se for feita sem paradas, hoje o Blue Train opera com pacotes que incluem expedições para conhecer atrações nas redondezas ao longo do percurso. Na prática, o trajeto acaba levando três dias e duas noites, partindo ao meio-dia do primeiro dia e chegando às 18 horas do terceiro – em qualquer sentido.

As datas são alternadas e é possível consultar online o cronograma para 2025. Em maio, por exemplo, o Blue Train sai de Pretória rumo à Cidade do Cabo nos dias 5 e 12, e parte no sentido inverso nos dias 8 e 15.

A parada pelo caminho ocorre em Kimberley, mais ou menos na metade da rota, para conhecer o Big Hole. Como o nome sugere, trata-se de um buraco enorme, que é tida como a maior cratera do mundo escavada à mão: o local foi uma mina de diamantes entre 1871 e 1914, atingindo uma profundidade de até 240 metros (hoje, parte do vão está tomado de água).

Em Kimberly, a visita também inclui uma parada no Mine Museum, que conta a história da – frequentemente sangrenta – exploração de diamantes na região.

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Parada no Big Hole permite conhecer a (autoproclamada) maior cratera escavada à mão do mundo (Bernard Dupont/CC BY-SA 2.0/Wikimedia Commons)

Do lado de dentro do Blue Train, toda a viagem oferece um panorama das paisagens marcantes que tornam a África do Sul única. Mas, para quem quer conhecer um pouco melhor essa faceta do passeio, a linha também oferece uma experiência ainda mais exclusiva: apenas uma vez por ano, em junho, a jornada regular é suspensa e o trem leva de Pretória ao Parque Nacional Kruger, onde o preço inclui um safári, refeições e apresentações culturais típicas. Em 2025, o “desvio” para o Kruger ocorre entre 26 e 28 de junho. Saiba mais.

Quanto custa viajar

O Blue Train é uma experiência de luxo, o que se reflete nos preços. O valor em uma suíte “De Luxe”, a mais básica, parte de 36.325 rands (cerca de R$ 11,2 mil) por pessoa considerando um quarto compartilhado. Na suíte “Luxury”, a mais rebuscada, o valor sai de 46.345 rands (cerca de R$ 14,3 mil) por pessoa dividindo a acomodação. Na alta temporada, entre 1º de setembro e 15 de novembro, os preços sobem, respectivamente, para 44.840 rands (cerca de R$ 13,8 mil) e 56.625 rands (cerca de R$ 17,5 mil).

Já a viagem para o Parque Nacional Kruger, que ocorre apenas uma vez por ano e inclui o safári, sai ainda mais salgada. Na suíte mais básica, o valor é 66.315 rands por passageiro dividindo o quarto (cerca de R$ 20,5 mil) e, na Luxury, sobe para 82.890 (R$ 25,5 mil).

Aqui, é possível conferir a diferença entre os tipos de cabine. A principal mudança diz respeito ao tamanho: além de um pouco maior, as suítes Luxury contam com banheira em todos os tipos de acomodação, algo que só ocorre nas suítes De Luxe com camas de casal (as demais têm chuveiros). Todos os quartos contam com wi-fi, ar condicionado, piso aquecido, serviço de mordomo, entre outras amenidades, como a possibilidade de frequentar o vagão-restaurante e o vagão-observatório, com janelas panorâmicas.

Reservas devem ser feitas pelo site.

Caso a pessoa viaje sozinha, todos os preços listados têm um acréscimo de 50%.

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Fonte: viagemeturismo

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