Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, exigiu nesta quarta-feira, 23, que o grupo terrorista Hamas liberte todos os reféns mantidos na . Nesse sentido, o político argumenta que sequestro de civis fortalece a justificativa de Israel para manter ofensivas contra a região da Palestina.
“O Hamas deu desculpas à ocupação criminosa para cometer seus crimes na Faixa de Gaza, sendo a mais notável a retenção dos reféns”, disse Abbas. “Nosso povo está pagando o preço, não Israel. Meus irmãos, entregue-os.”
As declarações evidenciam o “racha” entre o Fatah — partido liderado por Abbas — e o Hamas. A ruptura começou em 2007, quando o grupo terrorista expulsou o Fatah de Gaza depois de vencer as eleições locais e assumir o controle da região.
Além disso, durante o pronunciamento, Abbas pediu que o Hamas entregue o controle de Gaza e se transforme em uma legenda política desarmada.
Nos últimos meses, tanto Israel quanto os pressionaram o Hamas a entregar seu arsenal. A ação ainda não obteve sucesso. Como resultado, o grupo, classificado como organização terrorista por diversas nações, não respondeu às declarações do presidente da Autoridade Palestiniana.
Além das críticas ao Hamas, Abbas voltou a pedir que líderes internacionais pressionem Israel por um cessar-fogo imediato. Ele cobrou a retirada das tropas israelenses de Gaza e a interrupção da construção de assentamentos em áreas palestinas — considerados ilegais pelo Direito Internacional.
Abbas disse que a paz só será possível com o reconhecimento de um Estado palestino baseado nas fronteiras anteriores à guerra de 1967. A proposta, portanto, segue como uma das principais bandeiras da Autoridade Palestiniana em negociações diplomáticas.
Fonte: revistaoeste