Com a aliança, nasce a ‘União Progressista’ – uma junção de duas das principais siglas da centro-direita no país, que agora terão de caminhar juntas por pelo menos quatro anos, como determina a legislação vigente. Diferentemente das coligações eleitorais, que valem apenas durante o período eleitoral, a federação impõe convivência contínua.
Em Mato Grosso, conforme já havia sido antecipado pelo Leiagora, o comando da federação ficará com o União Brasil. A decisão faz parte do acordo nacional que dividiu o controle da nova estrutura federativa entre os estados, de forma estratégica. Na composição local, o Progressistas terá de se moldar às diretrizes da nova liderança.
Hoje, quem comanda o União Brasil no estado é o governador Mauro Mendes, mas ainda não está claro se ele também assumirá a presidência da federação no território mato-grossense.
Com a formalização do acordo, a federação passa a contar com a maior bancada na Assembleia Legislativa do estado. A entrada do Republicanos chegou a ser cogitada, mas foi descartada após resistência da própria bancada do partido, que rejeitou se vincular à federação.
Apesar da afinidade consolidada no plano estadual, o principal teste deve vir nas eleições municipais de 2028. Em diversos municípios, União Brasil e PP podem ter interesses distintos, o que exigirá habilidade política das lideranças para construir consensos locais e evitar rupturas nas bases.
O Brasil já soma duas experiências em andamento com esse modelo: a federação Brasil da Esperança (formada por PT, PV e PCdoB) e a PSDB-Cidadania. Ambas enfrentaram desafios para alinhar candidaturas e unificar decisões regionais – um cenário que pode se repetir agora, testando a capacidade de articulação entre União e PP nos estados.
Fonte: leiagora