Coube ao cardeal Kevin Farrell, 77 anos, anunciar ao mundo a morte de Francisco nesta segunda-feira, 21. Contudo, o papel desse sacerdote vai muito além de um porta-voz. Ele é o camerlengo, cargo que corresponde a uma espécie de “vice” do papa — com poderes limitados.
Enquanto a Igreja Católica não escolhe um novo líder, cabe ao vice tomar as decisões importantes no Vaticano — isso inclui organizar o conclave para eleger o novo papa. Porém, ele não pode promover nenhuma mudança drástica na Igreja.
Depois de verificar a morte do sumo pontífice, o camerlengo lacra os aposentos papais e zela pelos pertences do falecido. Seus próximos atos são quebrar o Anel do Pescador (um grande símbolo do poder papal) e iniciar os preparativos para o velório, além da convocação do Colégio de Cardeais para o conclave. Esse é um grupo formado pelos principais sacerdotes católicos.
Quando o vice do papa sai de cena?
Ao todo, o Colégio tem 252 cardeais. Destes, apenas 135 votam na escolha — esse direito é reservado somente aos membros com menos de 80 anos de idade.
Oficialmente, a reunião para o processo de escolha começa daqui a, pelo menos, 15 dias. Ou seja, seis dias depois de encerrado o luto de nove dias em razão da morte do papa.
Não existe um tempo limite para a tomada de decisão. Como toda eleição, é um processo recheado de política e bastidores. Ele termina apenas quando um nome recebe dois terços dos votos na escolha — encerrando, assim, o poder de decisão do camerlengo.
Fonte: revistaoeste