Um estudante universitário de 19 anos foi preso na última sexta-feira, 18, acusado de incendiar uma concessionária da Tesla em Kansas City, Estados Unidos. Owen McIntire, morador da cidade e matriculado em uma universidade pública em Boston, compareceu pela primeira vez à Justiça para responder às acusações.
De acordo com a denúncia criminal apresentada no Distrito Oeste do Missouri e tornada pública na última sexta-feira, McIntire foi formalmente acusado de posse ilegal de dispositivo destrutivo não registrado e dano malicioso com uso de fogo a propriedade envolvida em comércio interestadual.
O ataque ocorreu em 17 de março, por volta das 23h16. Segundo o depoimento incluído na denúncia, um policial do Departamento de Polícia de Kansas City que estava nas proximidades do Tesla Center da cidade avistou fumaça em um Cybertruck cinza estacionado no local.
Nas imediações, foi localizado um dispositivo incendiário não detonado — um , segundo as autoridades. O fogo do primeiro veículo se alastrou e atingiu um segundo Cybertruck. Os dois carros queimados estavam avaliados em R$ 600 mil cada, aproximadamente.

O incêndio também destruiu duas estações de recarga para veículos elétricos, com valor estimado de R$ 3 mil cada. O Corpo de Bombeiros da cidade foi acionado e conseguiu controlar as chamas no local.
“Este é o segundo suspeito preso esta semana por ataques contra a Tesla, isso reforça que o FBI não vai tolerar esses atos destrutivos”, declarou , diretor da agência federal de investigação. “Essas ações são perigosas, ilegais, e vamos prender os responsáveis.”
“Não vale a pena” atacar a Tesla, diz Bondi
O caso tem mobilizado autoridades em nível federal. “Deixe-me ser extremamente clara com qualquer um que ainda pense em incendiar propriedades da Tesla: você será preso, será processado e passará décadas atrás das grades”, afirmou a procuradora-geral Pamela Bondi. “Não vale a pena.”
A retórica firme também foi ecoada por outros membros do Departamento de Justiça. “Os responsáveis por esses ataques violentos contra propriedades privadas enfrentarão décadas de prisão — não haverá acordos nem negociações”, enfatizou o vice-procurador-geral Todd Blanche.
Especialistas do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos também participaram da investigação. Segundo o diretor interino Dan Driscoll, os agentes da agência conseguiram identificar e analisar os dispositivos usados no ataque. “Não foi vandalismo — foi um ato criminoso violento”, garantiu.
Até o momento, ainda não há informações sobre a vida pessoal de McIntire, como o curso universitário que frequentava, possíveis motivações para o ataque ou se ele já possuía histórico de envolvimento com grupos extremistas.
Fonte: revistaoeste