O show de Lady Gagano Festival Coachella foi classificado como “ópera rock” ou “ópera dark pop” por diversos veículos no Brasil e no mundo. Miley Cyrus, por sua vez, também utiliza o conceito de “ópera pop” para definir seu álbum visual “Something Beautiful”. Tão erudita no passado, a ópera agora está no cerne da cultura pop.
(Foto: YouTube / Coachella)
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Mas o que é entendido como ópera?
O termo ópera vem do latim e existe desde o século XVII na Itália. A palavra começou a ser usada para definir obras teatrais que combinavam dramaturgia e canto. A primeira obra entendida como ópera é “Dafne”, de Jacopo Peri, apresentada em 1594 em Florença. No Brasil, Carlos Gomes se notabilizou como o maior compositor de óperas.
O que diferencia ópera de teatro musical?
Muitas pessoas pensam que a diferença entre ópera e teatro musical está na maneira de cantar. Mas nada impede que a música erudita apareça em musicais teatrais. A maior diferença entre os dois conceitos está nos diálogos.
Na ópera, não existe texto falado. Todo e qualquer diálogo entre os personagens é cantado. Só há música. Já a dramaturgia do musical teatral, em geral, conta com diálogos falados entremeados com canções. No teatro musical, a música aparece quando a fala não é suficiente para o personagem expressar seus sentimentos ou pensamentos.
As óperas de Lady Gaga e Miley Cyrus
Por isso, o termo de “ópera pop” cabe para os trabalhos mais recentes de Lady Gaga e Miley Cyrus. O show de Gaga no Coachella teve alta carga dramática, com muita encenação teatral e um roteiro dramatúrgico, mas foi tudo cantado. A cantora também dividiu a apresentação em atos – algo característico das óperas.
O álbum visual de Miley vai pelo mesmo caminho. Ela criou um filme com as músicas de seu álbum novo, “Something Beautiful”. Já apresentou os cortes de “Prelude”, “Something Beautiful” e “End of the World” como “Ato 1”. Ao que tudo indica, o filme será também todo cantado, sem diálogos. É uma ópera pop.
Fonte: portalpopline