A proibiu suas companhias aéreas de receberem novos aviões da Boeing. A medida é uma resposta direta à decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas de 145% sobre os produtos chineses.
Segundo a agência Bloomberg, o regime de Pequim ordena que as empresas locais suspendam a compra de peças e equipamentos aeronáuticos fabricados nos Estados Unidos. Nesse sentido, a orientação deve encarecer a manutenção de jatos em operação no país.
Além do bloqueio a novas entregas, autoridades chinesas estudam formas de compensar companhias aéreas, que enfrentam custos mais altos em razão das tarifas. As ações da Boeing recuaram 3% no pré-mercado. Enquanto isso, os papéis da Airbus subiram 1%, beneficiados pela pressão sobre a rival norte-americana.
o gigante europeu já domina boa parte do mercado chinês. Agora, deve ampliar ainda mais seu espaço, ao lado da estatal Comac. De acordo com a Bloomberg, a Air China, a China Eastern e a China Southern planejavam receber, juntas, quase 180 aeronaves da Boeing até 2027.
A medida tomada por Pequim ocorre uma semana depois do anúncio de novas tarifas sobre produtos norte-americanos, que chegaram a 125%. O objetivo declarado é retaliar os impostos aplicados pela .
Em contrapartida, a Boeing enfrenta dificuldades desde o acidente que envolveu a explosão da porta de um jato, em janeiro deste ano. O episódio fez a empresa perder cerca de um terço do seu valor de mercado. Antes disso, a companhia já lidava com atrasos e paralisações causados por uma greve de trabalhadores em 2024.
Analistas advertem que a escalada entre as duas potências pode travar o comércio bilateral, estimado em mais de US$ 650 bilhões apenas em 2024. A aviação civil é um dos setores mais expostos à disputa, já que depende de cadeias de produção altamente globalizadas.
Fonte: revistaoeste