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Laudo do IML aponta que policial foi atingido por cinco tiros, dois deles pelas costas: juíza afirma que ele se tornou alvo de assassinos

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Via @jornaloglobo | O laudo de exame de necropsia do agente da Core João Marquini, de 38 anos, revela que ele foi atingido por cinco tiros, sendo dois pelas costas. A informação indica que o policial, que saiu do carro e ficou no meio do fogo cruzado dos criminosos — que atiravam no carro da mulher dele, a juíza Tula Mello —, acabou sendo baleado também pelos assassinos que estavam atrás dele. Isso reforça a versão da magistrada, que afirma que o marido a protegeu. João Marquini foi brutalmente assassinado.

— O João sai do carro e se posiciona no meio. Ele foi atingido com dois tiros nas costas, um no peito, um no braço e um de raspão na perna. O laudo confirma que João se lançou em minha defesa. Ele trouxe para si a mira dos assassinos, mesmo ciente de que, no mínimo, dois deles, empunhando fuzis, estavam em sua retaguarda — disse a magistrada.

João Marquini e Tula Mello foram vítimas de um ataque de criminosos no último dia 30, um domingo, por volta das 20h30, quando voltavam da casa da mãe do policial, em Campo Grande, na Zona Oeste. O casal foi abordado na Avenida Artur Xéxeo, na altura do número 1.143, na descida da Estrada da Grota Funda, em Vargem Grande, também na Zona Oeste do Rio. Marquini dirigia um Renault Sandero, que fora buscar na casa da mãe, enquanto a mulher estava num Mitsubishi Outlander blindado.

O carro da magistrada foi atingido por cinco tiros: três no para-brisa e dois no capô. Segundo ela, a blindagem do veículo era para proteção contra tiros de pistola, e não de fuzil.

— João sabia que, se eles continuassem atirando no vidro da frente, as balas poderiam ultrapassar a blindagem. Então, ele foi servir de escudo para me defender — comentou Tula Mello, que classificou a ação dos criminosos como “repugnante”.

Tula Mello contou que havia treinado exaustivamente a manobra evasiva de reversão de ré, ou seja, seguir de ré e realizar um cavalo de pau de 180 graus. Ela afirmou que a escolha da rota de fuga foi tomada em “fração de segundos”.

— João sempre simulou algumas situações para que eu me protegesse. Algumas pessoas me perguntaram por que eu não joguei o carro contra os bandidos, uma vez que ele era blindado. Eu sabia que o airbag, com o impacto, poderia ser acionado e me imobilizar. Tudo isso aprendi com João e com o treinamento para juízes do Tribunal de Justiça — explicou a magistrada.

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Laudo de necropsia de João Marquini atesta onde os tiros atingiram o policial — Foto: Reprodução

Juíza fala pela primeira vez da morte do marido, o policial da Core

Por Vera Araújo
Fonte: @jornaloglobo

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