O Banco Mundial divulgou uma lista com os 20 países que acumulam as maiores reservas internacionais em dólar. No ranking, o Brasil aparece em nono lugar, com um total de US$ 346,4 bilhões em ativos, atrás de economias como China, Japão e Suíça.
Reservas internacionais são ativos mantidos por bancos centrais para fins de estabilidade econômica e financeira. Incluem moedas estrangeiras, como o dólar, euro e iene; ouro; e títulos de dívida emitidos por outros países.
O Brasil tem como ativo de maior estoque nas suas reservas internacionaisos dólares norte-americanos, moeda que prossegue como referência no mercado mundial.
Como comparação, o Brasil ocupa a 10ª posição entre as maiores economias do mundo em 2025, com um nominal estimado em US$ 2,2 trilhões. Em termos de reservas internacionais em dólar, o país está na 9ª colocação, com US$ 346,4 bilhões.
Tal comparação revela que o Brasil possui um volume de reservas internacionais superior ao de algumas economias com PIBs maiores. O Reino Unido, por exemplo, tem um PIB estimado em US$ 3,73 trilhões e ocupa a 6ª posição entre as maiores economias. Mas não figura entre os 10 países com maiores reservas internacionais em dólar.
Isso indica que o Brasil mantém uma política de acumulação de reservas que supera, proporcionalmente, a de algumas economias mais ricas. A manutenção dessas reservas é estratégica para garantir a estabilidade econômica, proteger contra crises cambiais e propiciar que os países possam honrar compromissos financeiros no cenário internacional.
Confira lista do Banco Mundial dos países com mais reservas
De acordo com o , os países com os maiores volumes de reservas internacionais em dólar são:
- – China: US$ 3,3 trilhões
– Japão: US$ 1,2 trilhão
– Suíça: US$ 794,9 bilhões
– Índia: US$ 574,5 bilhões
– Rússia: US$ 442,5 bilhões
– Arábia Saudita: US$ 436,5 bilhões
– Hong Kong: US$ 425,4 bilhões
– Coreia do Sul: US$ 414 bilhões
– Brasil: US$ 346,4 bilhões
– Singapura: US$ 344,5 bilhões
– Estados Unidos: US$ 234,1 bilhões
– Tailândia: US$ 208,2 bilhões
– México: US$ 206,3 bilhões
– Israel: US$ 204,6 bilhões
– Emirados Árabes Unidos: US$ 184,5 bilhões
– Polônia: US$ 169,9 bilhões
– Reino Unido: US$ 157,3 bilhões
– República Tcheca: US$ 146,3 bilhões
– Indonésia: US$ 141,1 bilhões
– Canadá: US$ 117,5 bilhões
Paula Zogbi, gerente de pesquisa da Nomad, afirmou ao Valor Econômico que as reservas são formadas, em grande parte, por meio de exportações (quando empresas recebem em dólar e o convertem com o banco central local), por investimentos estrangeiros e por compras diretas de moeda americana feitas pelos bancos centrais.
“Esses dólares são investidos em ativos seguros, principalmente em títulos soberanos, como os do Tesouro dos EUA, que compõem a maior parte das reservas por oferecerem alta liquidez”, ressaltou Paula. “Também há pequenas alocações em títulos de agências multilaterais, Exchange Traded Funds [ETFs] de renda fixa e ações estrangeiras.”
Fonte: revistaoeste