O trecho foi interditado por equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) devido ao risco de rompimento da pista. No local, foi identificado um processo erosivo que comprometeu parte da pista e do aterro da rodovia.
“A interdição da BR-174 tem causado um imenso transtorno na região. Não dá para aceitar o que o DNIT está prevendo, uma rota de três estados para frente, em estradas que não estão pavimentadas, e não tem a mínima condição de escoamento, ambulância, transporte escolar, sem contar a chuva que está em um período intenso. Não tem estrutura nenhuma para suportar a carga da BR-174. Em 48h podemos ter a via liberada, basta apenas que o DNIT faça um mutirão nessa rodovia. Estamos empenhados, junto com o Governo do Estado, para solucionar a situação”, afirmou.
Empresas da região, como o armazém Rotta, anunciaram os impactos do bloqueio da rodovia nas atividades comerciais. O grupo, que faz o armazenamento e transporte de grãos, destacou que atingiu a capacidade máxima do armazém e, por isso, não receberá novas cargas até que o tráfego de veículos seja normalizado.
Com o fechamento da rodovia, o fluxo de veículos foi desviado para a MT-473, na Serra de Nova Lacerda, que está passando por obras de asfaltamento pelo Governo do Estado. Diante do risco de acidentes e da impossibilidade da rodovia de receber o trânsito de veículos pesados nesse período, o Estado determinou a interrupção total do trânsito.
“Com a interdição da BR-174, que está causando um caos social e econômico na região do Vale do Guaporé, todas as nossas estradas estaduais da região que não são asfaltadas estão com problemas. Devido às chuvas e ao movimento intenso de caminhões, está havendo muitos atoleiros, e as estradas ainda não estão preparadas para receber essa quantidade de peso, então estamos muito preocupados, principalmente com a situação da Serra de Nova Lacerda, que está em obras e sendo utilizada como rota de fuga”, apontou o secretário de Infraestrutura e Logística do Estado (Sinfra), Marcelo de Oliveira.
O secretário ainda destacou que o trânsito de veículos durante as obras compromete a segurança da população, uma vez que, no local, estão sendo utilizados explosivos para recorte do material rochoso. Além disso, a rodovia conta com rampas de inclinação acentuada, aumentando o risco de acidentes durante as chuvas.
Fonte: Olhar Direto
