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Alta da Selic preocupa o Plano Safra 2025/2026, alerta assessor do Mapa em evento de solidariedade ao Mato Grosso

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A suspensão de novas contratações do Plano Safra 2024/25 anunciada em fevereiro pelo Tesouro Nacional foi apenas “uma questão técnica”, que logo teve uma solução. Na avaliação do assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, o problema na verdade é com relação ao Plano Safra 2025/26.

A preocupação decorre do fato da Taxa Selic hoje estar em 14,25% e toda vez que ela sobe a equalização é maior e, consequentemente, “o dinheiro fica mais curto”, segundo Augustin.

“Realmente nós vamos ter que nos virar para arrumar. Vamos tentar não mudar a taxa de juro para cima, mas talvez não vamos conseguir”, diz Augustin em entrevista ao programa Direto ao Ponto.

Uma das alternativas para auxiliar os produtores para a próxima temporada na tomada de recursos para custeio e investimentos, pontua o assessor especial do Mapa, é a captação de recursos em dólar.

“O BNDES já aporta esse dinheiro para os bancos fazer custeio, inclusive, não só investimentos. As taxas não são ruins. Em torno de 8%, 10% em cima do dólar anual. Se for pegar esse dinheiro em uma trading você vai pagar 12%. Se for comprar um defensivo no prazo safra numa revenda, você não sabe, mas está pagando 18%”.

Ele frisa ainda, considerando a conjuntura de ausência de recursos, que captação em dólar a 8% ao ano “eu diria que é muito bom”.

“Como é a cotação da soja? Do milho? Do algodão? Como é o preço do adubo? Do defensivo? Como é o preço de todas essas commodities? Tudo é dólar. Então, se você tomar em dólar e vender em dólar… Só que você tem que vender em dólar também”.

Augustin ressalta que assim como para investimento e custeio, o produtor também pode captar recursos em dólar para a construção de armazéns e maquinários com prazo de 10 anos, carência de dois anos e juro de 8% a 8,5%.

“Essa é uma oportunidade que nós temos de livrar das costas do Tesouro esse peso, porque ele não vai ter para dar mais e a gente pode financiar a agricultura”.

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Fonte: canalrural

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