“Onde há água, há vida”, diz o ditado. O povo bajau levou essa máxima ao extremo. Também conhecidos como “nômades do mar”, eles vivem há mais mil anos em barcos e casas que flutuam, deslocando-se pelo Sudeste Asiático.
Esse estilo de vida lhes trouxe uma habilidade única: a capacidade de passar 13 minutos debaixo d’água sem respirar. Seus mergulhos chegam a 70 metros de profundidade. Com apenas um conjunto de pesos e um par de óculos, um bajau passa por volta de 60% do tempo dedicado ao trabalho submersos.
Segredo do fôlego bajau
O fôlego extraordinário se deve, provavelmente, a uma adaptação do baço. Esse não é um dos órgãos nobres. Inclusive, é possível viver sem ele. Contudo, enquanto está ativo, ajuda a sustentar o sistema imunológico e os glóbulos vermelhos.
De acordo com a National Geographic, um , em 2018, mostrou que o baço de um bajau é 50% maior, em comparação ao de outros povos. O órgão desproporcionalmente grande é uma vantagem para viver nas profundezas, conforme atestam pesquisas anteriores em animais mamíferos marinhos, como focas.
Onde vivem os nômades do mar
Estima-se que a população bajau seja de mais de 1 milhão de pessoas. Eles transitam, principalmente, entre quatro países. São eles: Filipinas, Malásia, Indonésia e Brunei. A religião predominante é o islã, fé professada por 99% desses nômades do mar.
Fonte: revistaoeste