O estado do Piauí enfrenta desafios devido à escassez de chuvas e, consequentemente, os trabalhos com a soja são afetados. Tanto as lavouras que estão sendo colhidas quanto as que ainda permanecem no campo estão comprometidas, conforme informações divulgadas pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Piauí).
De acordo com o diretor-executivo da associação, Rafael Maschio, o estado enfrentou um mês de fevereiro praticamente sem chuvas, seguido por precipitações esparsas na primeira quinzena de março. Esse cenário levou algumas fazendas a ficarem mais de 45 dias sem chuvas, impactando diretamente a produtividade das lavouras.
As perdas variam conforme o período de plantio. Lavouras semeadas mais cedo e já colhidas apresentam quebras em torno de 25%, enquanto as plantadas mais tardiamente, que passaram pela fase reprodutiva e de enchimento de grãos nos meses de janeiro e fevereiro, sofrem perdas superiores a 50%. Além disso, a área colhida também varia de região para região, oscilando entre 10% e 80%, com uma média estadual de aproximadamente 40%.
Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, a área destinada ao plantio de soja no Piauí na safra 2024/25 deve atingir 1,15 milhão de hectares, um crescimento de 5,5% em relação aos 1,09 milhão de hectares cultivados na safra anterior.
A produção de soja no estado é estimada em 4,6 milhões de toneladas, um aumento de 17,8% frente à safra 2022/23, que totalizou 3,904 milhões de toneladas. O rendimento médio também deve subir, passando de 3.600 quilos por hectare para 4.020 quilos por hectare.
Fonte: canalrural