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Agronegócio

Gestão Eficiente para Lucrar na Produção de Abobrinha e Jiló em Mato Grosso: Dia de Ajudar com Rentabilidade Garantida

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Entre os mosaicos formados por áreas de grãos e de cerrado nativo, um terreno destinado ao cultivo de hortaliças diversifica o cenário no município de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Melhorar o desempenho no campo e conhecer os verdadeiros números da propriedade, além de ampliar a produtividade, estão entre as tarefas colocadas em prática diariamente no local para tomadas de decisões mais assertivas pensando num futuro melhor para a propriedade.

É em meio a estes mosaicos que o casal de chapadenses Adézio Tenório dos Santos e Benedita Francisca dos Santos, a dona Jô, escrevem novas páginas na história da Fazenda Santo Amário.

Adézio completou 60 anos neste mês de março e possui uma relação literalmente umbilical com a propriedade, afinal de contas foi nela que ele nasceu.

A fazenda, que pertencia ao pai do produtor, foi dividida entre os herdeiros. Cada um ficou com aproximadamente 20 hectares. Área que garante o sustento do casal.

“Tem uma parte que é horta e uma parte que é arrendada de soja e o resto é o cerradão”, diz o produtor ao programa Senar Transforma desta semana.

Segundo Adézio, o forte da renda vem da produção obtida na horta. Hoje, as atenções estão voltadas principalmente para o cultivo de abobrinhas e jilós, que ocupam a maior parte dos dois hectares da horta iniciada em 2002.

Nestes 23 anos, comenta o produtor, o casal já plantou diversos produtos como feijão vagem, pimentão, abóbora cabotiã e pimenta de cheiro. “Já plantamos várias culturas aqui e todas elas vieram bem”.

O orgulho de Adézio com o desenvolvimento das plantas é compartilhado com a dona Jô. Ela divide os cuidados da horta com o marido e afirma amar a rotina no campo.

“Ah, é muito bom. Eu não me vejo morando na cidade. Aqui estou em casa, lá no quintal, eu estou na minha horta cuidando das minhas plantas, adubando”, frisa a produtora em entrevista ao Dia de Ajudar Mato Grosso.

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Foto: Israel Baumann/Dia De Ajudar Mato Grosso

Conhecimento é reflexo de experiência acumulado

O conhecimento do casal com a olericultura é reflexo da experiência adquirida em mais de duas décadas dedicadas à atividade. Aprendizado adquirido na prática, mas nem sempre da melhor maneira, como relata o produtor.

“Nunca tivemos assistência. Foi no dia a dia, acertando e errando. Trupica aqui, levanta ali e assim por diante. A primeira vez é o Senar aqui e estamos gostando, porque ajuda bastante”.

O auxílio citado pelo produtor é levado pela técnica de campo do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mato Grosso, Bruna Bianca Medeiros. Há oito meses ela visita mensalmente a Fazenda Santo Amário, carregando na bagagem a missão de identificar pontos que precisam ser melhorados no manejo adotado pelo casal e o melhor caminho para alcançá-los.

Entre as primeiras observações feitas na propriedade, conta a técnica, estava o hábito do produtor em misturar os produtos na hora da aplicação na hora, o que muitas vezes dava incompatibilidade e um acaba anulando a eficácia do outro.

“Através da assistência, da orientação, fomos repassando isso para ele, fomos adequando a adubação, fomos falando sobre macronutrientes, sobre estar fazendo também a utilização de micronutrientes. Nada em excesso, porque às vezes você acha que está ajudando, mas está prejudicando a planta”, explica Bruna.

Outra situação observada foi a dificuldade de o casal conseguir manter a terra produtiva durante o período seco do ano, diante da baixa disponibilidade de água na fazenda.

“Quando eu iniciei a assistência técnica com o ‘seo’ Adézio, ele produzia apenas a pimenta. Ele tem um problema com a questão da falta de água. Então, ele conseguia manter somente essas pimentas e até estava pensando em reduzir essa produção por isso”, comenta a técnica.

A solução para a propriedade, salienta o produtor, é furar um poço artesiano. Contudo, para isso acontecer, “vai depender do que sair daqui [horta]”.

Diante da dificuldade do casal para investir na perfuração de um poço artesiano, a técnica de campo da ATeG do Senar Mato Grosso pensou em soluções que pudessem driblar tal obstáculo. Entre elas o plantio de batata doce.

“Se ele plantar nessa janela até o final de março, a batata doce vai pegar chuva e vai conseguir manter no período de seca. Esse foi o planejamento feito para o ‘seo’ Adézio e eles estão contentes”.

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Foto: Israel Baumann/Dia De Ajudar Mato Grosso

Planejamento é essencial para bons resultados

Para que bons resultados sejam colhidos, entre as estratégias do programa do Senar Mato Grosso está a realização de um planejamento anual para cada propriedade assistida, de acordo com o diagnóstico realizado em cada uma.

E esta construção conjunta de estratégias e planos já tem gerado resultados na Fazenda Santo Amário. A cada visita, a técnica do Senar Mato Grosso verifica o desenvolvimento das plantações de abobrinha e jiló, coleta informações no campo e tira dúvidas do produtor sobre o manejo das culturas.

“E a cada dia está melhorando mais, porque a gente vai pegando o conhecimento. Às vezes a gente acha que sabe de tudo, mas ninguém sabe tudo”, diz ‘seo’ Adézio ao Dia de Ajudar Mato Grosso.

Esse acompanhamento mensal ajuda não apenas a solucionar desafios, mas também fortalece um vínculo de confiança entre quem tem o que ensinar e aqueles que estão dispostos a aprender.

“É [uma] maravilha, porque nós estamos aprendendo a cada dia que ela vem. Eu acho legal, porque é vivendo e aprendendo”, completa dona Jô.

E o resultado do aprendizado obtido nestes oito meses de assistência já são colhidos. A produtividade da horta ganhou novos números.

Conforme Bruna, quando iniciou a assistência técnica, o casal colhia em torno de oito a dez quilos de pimenta. E hoje, colhem cerca de meia tonelada de abobrinha e no mês anterior registraram uma colheita de 1,8 mil quilos de jiló.

“Foi um avanço muito grande nesse período e esperamos que aumente cada vez mais”, frisa a técnica de campo.

A produção da Fazenda Santo Amário é colhida uma vez por semana, e tem destino certo: o Ceasa localizado no Distrito Industrial de Cuiabá.

E questionado se a produção tem dado um bom retorno, “seo” Adézio afirma que “está ficando bom e vai ficar melhor”.

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Foto: Israel Baumann/Dia De Ajudar Mato Grosso

Se conhecimento é essencial, as anotações são tudo

Além da assistência técnica, o programa do Senar Mato Grosso leva aos produtores informações sobre como proceder na gestão da propriedade.

“Na verdade, não fazíamos. Teve uma época que tinha um caderninho que marcava, mas deixamos. Não tinha mais o controle. Com a vinda da Bruna aqui está ajudando bastante”, releva dona Jô.

A técnica de campo Bruna Bianca Medeiros explica que o controle “tão fino e ajustado” é importante para o desenvolvimento da propriedade. Ela salienta que é necessário que o produtor tome nota de tudo o que é despesa e comercialização.

“A maioria dos produtores quando eu comecei a atender não realizavam as anotações. Inclusive o casal não tinha o hábito de fazer essas anotações. Eles não tinham o controle do que eles gastavam, do que conseguiam ter de receita. Não tinham em números os valores e também não sabiam se a atividade estava dando lucratividade ou não”.

E ao pensar lá na frente, para além dos três anos de assistência do programa do Senar Mato Grosso, “seo” Adézio já sabe bem a missão que tem… “Agora anoto tudo o que sai e o que entra e depois no final do mês é tudo calculado para ver onde está sendo a parte melhor”.

Ajudar os produtores a identificar o caminho mais próspero para seguir é uma das metas do programa de Assistência Técnica e Gerencial, que – assim como na propriedade do “seo” Adézio e da dona Jô, tem alcançado resultados expressivos em várias propriedades, independentemente do tamanho ou do perfil.

Atualmente no município de Chapada dos Guimarães o programa conta com duas frentes voltadas para a olericultura, uma para a avicultura, uma para a pecuária de corte e uma para a pecuária leiteira.

O mobilizador do Sindicato Rural, Alex Humberto Faria Júnior, conta à reportagem do Dia de Ajudar Mato Grosso que agora o programa inicia uma nova frente no município: a apicultura.

Hoje, em Chapada dos Guimarães são atendidos pelo Senar Mato Grosso em tais frentes cerca de 110 produtores e a expectativa é chegar a 170, 180 produtores no final do ano.

“É um número interessante, porque hoje o nosso município é muito extenso. Se fala que tem mais de um mil produtores em questão de produção familiar. Nós estamos com uma média de 100 [atendidos], então já atingimos 10% dos produtores do município”.

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Fonte: canalrural

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