O Brasil vive uma das suas maiores . Comprar alimentos principalmente nunca doeu tanto no . Mas se serve de consolo, há um lugar no planeta em que os preços são de assustar. Esse lugar chama-se , a cidade mais cara do mundo, conforme pesquisa do grupo The Economist.
Com mais de 434 mil habitantes e a maior população do país fronteiriço com Alemanha, França, Itália e Liechtenstein, Zurique é um lugar em que um simples cafezinho expresso, consumido em qualquer ponto da cidade, não sai por menos do que o equivalente a cerca de R$ 35, ou seis vezes mais do que a média cobrada no sudeste brasileiro.
Os maiores
Entre os motivos que fazem Zurique ter um dos custos de vida mais altos do mundo está a valorização da moeda local, o franco suíço, que costuma andar lado a lado ou até acima do euro. Outra razão é o fato de a cidade estar em um país que funciona como paraíso fiscal, polo de fortunas de todo o mundo e, consequentemente, abundância de recursos financeiros.
Nos últimos tempos, no entanto, um aspecto que tem impactado de maneira significativa é a renda das pessoas que vivem e trabalham em Zurique. Se no Brasil um policial, por exemplo, ganha em média R$ 9,5 mil por mês, a remuneração na cidade suíça ultrapassa o equivalente a R$ 43 mil.
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A presença de importantes empresas globais da área de tecnologia também pesa na realidade econômica. Basta lembrar que o escritório central da Google na Europa está em Zurique. Assim, executivos do mundo todo andam por lá. Com eles, salários milionários, que ultrapassam a faixa do equivalente a R$ 150 mil por mês. Um gerente na Suíça geralmente ganha muito mais do que um profissional de cargo similar na Alemanha ou na França.
O alto custo de vida também tem como raiz um aspecto básico da economia: a autossuficiência. Na Suíça, praticamente tudo é importado. Logo, desequilíbrios de oferta e na demanda, instabilidades cambiais e outros fatores externos fazem com que qualquer item passe a custar mais caro. É o caso da carne, por exemplo.

Quem entra em um mercado em Zurique se assusta com a quantidade do produto disponível nas vitrines. A carne bovina é tão cara que a sua exposição se limita a pequenas frações. Dá para entender: o que seria o típico bife brasileiro não sai por menos de R$ 600 o quilo. Nesse sentido, não é raro encontrar turistas que comparem os açougues de Zurique a espécies de joalherias. Afinal, o que está à venda é um artigo de luxo, até mesmo para quem é endinheirado.
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Fonte: revistaoeste