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Butantan inaugura laboratório de preservação para serpentes da Ilha das Cobras: Importância da conservação ambiental em destaque

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Não, a Ilha das Cobras não é sua antiga sala da faculdade . A Ilha da Queimada Grande, no litoral sul do estado de São Paulo, é conhecida por esse apelido por ser o lar de 4 mil serpentes, algumas delas ameaçadas de extinção.

Esse é o local com a maior concentração de serpentes do Brasil, com 45 cobras por hectare. É como se os 22 jogadores de futebol, num campo de tamanho padrão FIFA, precisassem correr atrás da bola e ainda fugir de 45 animais possivelmente peçonhentos. Existe uma cobra para cada canela – e ainda sobra uma para picar o árbitro.

A Ilha da Queimada Grande é o segundo lugar do mundo em concentração de cobras, só atrás da ilha chinesa de Sedao, que conta com 20 mil serpentes. Como já contamos na Super, a ilha brasileira já passou por invasões para comércio ilegal de espécimes. Algumas espécies endógenas – ou seja, que só existem lá – estão ameaçadas de extinção.

Agora, o Instituto Butantan, órgão de pesquisa e produção de soros e vacinas ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), abriu uma nova sede de seu Laboratório de Ecologia e Evolução (LEEv) em São Paulo. A instalação vai abrigar, no futuro, um viveiro para preservar a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie em risco crítico de extinção que só ocorre na Ilha das Cobras.

O criadouro, que vai ser o primeiro com o objetivo de conservação de espécies do Brasil, ainda não está pronto. Por enquanto, o Butantan está oferecendo visitas guiadas ao LEEv.

Como visitar

A nova sede do Laboratório de Ecologia e Evolução do Butantan foi inaugurada no dia 21 de fevereiro, durante a semana de comemorações dos 124 anos do Instituto. O órgão sanitário começou produzindo soro para combater um surto de peste bubônica no estado de São Paulo. O primeiro diretor do Butantan, Vital Brazil, foi o responsável pelos primeiros soros específicos contra venenos de animais peçonhentos.

Hoje, o Instituto continua produzindo soros e vacinas e se colocando na vanguarda da pesquisa científica mundial. O novo LEEv é mais um passo nesse sentido, contribuindo para o avanço das pesquisas da instituição e para a educação ambiental do público.

Veja o tamanho da nova sede do laboratório, que abriga também o Serpentário e o Reptário do Butantan, com cerca de 450 animais:

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(André Ricoy/Comunicação Butantan/Divulgação)

A espécie escolhida para ser conservada no futuro viveiro do LEEv, a jararaca-ilhoa, é a protagonista de vários estudos comportamentais, reprodutivos e ecológicos dos pesquisadores do Butantan na Ilha da Queimada Grande. Trazer espécimes da jararaca-ilhoa para o criadouro é uma forma de continuar as pesquisas e proteger os animais.

O Parque da Ciência do Instituto Butantan em São Paulo (SP) oferece visitas guiadas ao LEEv de terça a sexta-feira, exceto em feriados. As visitas acontecem às 10h, 11h, 14h e 15h, com grupos de 20 pessoas, e duram em média 30 minutos. A visita também é acessível a Pessoas com Deficiência (PCDs), e pode ser agendada aqui.

Fonte: abril

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