O vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que também é médico anestesiologista, está com a carteira de vacinação desatualizada. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles nesta quarta-feira, 26.
Alckmin não recebeu a dose de reforço contra a Covid-19 em 2024, em contrariedade à recomendação do Ministério da Saúde, que sugere a aplicação de uma dose a cada seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais. O vice-presidente tem 72 anos.
Em 2023, Alckmin aplicou uma dose da vacina em Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento da Mobilização Nacional pela Vacinação. Na ocasião, o vice-presidente disse que vacinar-se é “um gesto de responsabilidade” e “um gesto de muita garantia que você vai passar para a sua família”.
Atualmente, 14 ministros da gestão Lula com 60 anos ou mais não seguiram a recomendação do próprio governo e não tomaram ou não completaram o reforço da vacina contra a Covid-19 em 2024. Alguns deles não recebem a vacina desde 2022.
- José Múcio (Defesa), 76, não tomou as doses de reforço contra a Covid de 2023 e de 2024;
- Ricardo Lewandowski (Justiça), 76, não tomou um dos dois reforços a que deveria ter recebido em 2024;
- General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional), 67, não tomou doses de reforço em 2022 e em 2024;
- Marina Silva (Meio Ambiente), 66, tomou nenhum dos dois reforços a que teria direito em 2024;
- Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), 65, recebeu nenhum dos dois reforços que deveria ter tomado em 2024;
- Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), 63, tomou nenhum dos dois reforços em 2024;
- Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), 63, não se vacina contra a Covid desde 2022;
- André de Paula (Pesca), 63, nenhum reforço em 2024;
- Margareth Menezes (Cultura), 62, não se vacinou em 2023 e em 2024;
- Cida Gonçalves (Mulheres), 62, não tomou reforços em 2024;
- Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), 62, não foi imunizado em 2024;
- Márcio França (Empreendedorismo), 61, nenhum reforço em 2024; e
- Fernando Haddad (Fazenda), 61, não se vacinou em 2023 e em 2024.
, de 61 anos, ministro da Casa Civil, não disponibilizou seu cartão de vacinação, mas afirmou ter recebido uma dose contra febre amarela e quatro doses contra a Covid-19. Portanto, é possível que seu esquema vacinal esteja desatualizado.
Dos 19 ministros com 60 anos ou mais, apenas três cumpriram integralmente as doses de reforço contra a Covid-19 em 2023: Carlos Lupi (Previdência Social), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação). Os cartões de vacinação foram solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação ().
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Idosos são considerados mais suscetíveis à Covid-19 por causa da imunossenescência, que é o processo natural de envelhecimento do sistema imunológico, o que resulta em uma resposta menos eficiente a infecções. Por esse motivo, recomenda-se que eles recebam uma dose adicional da vacina contra a Covid-19 anualmente.
Em dezembro do ano passado, tanto idosos quanto gestantes foram incluídos no Calendário Nacional de Vacinação em relação à Covid-19. Com isso, a imunização contra a doença passou a ser parte da rotina de vacinação para esses dois grupos prioritários.
Fonte: revistaoeste