Ari Miranda
Única News
Uma mulher, mãe de um adolescente de 12 anos portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência, após descobrir que o filho vinha sofrendo bullying e agressões de colegas de sala, na Escola Estadual Antonio Epaminondas, no bairro da Lixeira, em Cuiabá.
Uma das agressões ao garoto foi registrada em vídeo por colegas de escola.
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O fato veio à tona nesta segunda-feira (25). No entanto, as agressões foram reveladas por seu filho no dia 12 deste mês e vinham ocorrendo com frequência desde o início ano letivo de 2025, quando o garoto passou a ser perseguido pelos colegas de sala e chamado de “autista louco” e “louco”.
Segundo a mãe do aluno, os agressores chegaram até mesmo a criar um grupo de WhatsApp para combinar os ataques ao menino, destacando que o principal agressor de seu filho também ficava apertando o dedo da vítima, parcialmente amputado, além de atirar objetos, como pedras e borrachas.
“Se ele fosse tomar água, no banheiro, se ele fosse lanchar, o menino [agressor] ia em cima dele, xingava ele, chamava de louco, chamava de autista louco”, disse à imprensa.
Ao procurar a escola para denunciar as agressões, a mulher disse que foi rechaçada pela coordenação do estabelecimento de ensino, afirmando que a situação era inversa.
“Na mesma hora que meu filho me contou isso, eu fui lá na escola, para cobrar da direção. A coordenadora chamou mais duas funcionárias e disse que o agressor relatou que não era ele que provocava o meu filho, que era o contrário, era o meu filho que provocava ele”, relatou.
Porém, no último sábado (22), a mãe do jovem, que mora na mesma rua da Escola Antônio Epaminondas, disse que um menino que mora na rua a abordou para dizer sobre um vídeo, que circulava entre as crianças da escola, onde seu filho aparecia sendo agredido no banheiro da escola.
Na gravação, é possível ver uma aglomeração de jovensno banheiro do local e o momento em que um aluno corre e agride o garoto autista, que se tranca no banheiro por alguns instantes para escapar das agressões.
Após ver o vídeo, a mulher novamente entrou em contato com a coordenação da escola, que persistiu em negar o fato.
Diante da situação e da inércia da escola em resolver a situação, a mãe do estudante procurou a polícia para denunciar o crime.
Após o fato ganhar proporções e repercussão na mídia, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), que informou que já tomou providências para esclarecer os fatos e encaminhou uma equipe à escola para solucionar o problema.
LEIA A NOTA NA INTEGRA
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informa que foram tomadas providências para esclarecer os fatos e assegurar o acolhimento do estudante. Uma equipe psicossocial foi designada para acompanhar o caso, garantindo suporte adequado e os devidos encaminhamentos para combater bullying no ambiente escolar.
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Fonte: unicanews
