A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) e o (ILM) enviaram uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para manifestar preocupação com a Operação Desembaraço Zero. A medida, iniciada em 12 de fevereiro, suspendeu a liberação de mercadorias por 15 dias, agravando os atrasos da greve dos auditores fiscais.
A FPLM calcula que mais de 75 mil encomendas e documentos foram impactados. Os prejuízos chegam a R$ 3,5 bilhões, enquanto R$ 14,6 bilhões em transações tributárias seguem pendentes, comprometendo a arrecadação federal. O colegiado alerta que a operação tornará o processo de importação mais caro e dificultará o acesso dos consumidores a produtos essenciais.
A FPLM também enviou três requerimentos ao ministro da Fazenda, por meio dos deputados federais (União-SP), (União-SE) e (PL-SP). A pasta pediu prorrogação do prazo de resposta até 7 de março de 2025.
O setor produtivo cobra negociação urgente entre governo e auditores. A proposta inclui uma reunião para discutir soluções que garantam previsibilidade e segurança jurídica ao comércio exterior.
Rodrigo Marinho, diretor do ILM e secretário da FPLM, criticou a paralisação. Ele afirmou que a greve prejudica a competitividade do Brasil e afasta investimentos. Para ele, a retenção de mercadorias afeta a produtividade industrial e o abastecimento do mercado, comprometendo a segurança jurídica para investidores estrangeiros.
O tempo de desembaraço de cargas dobrou. Exportações passaram de quatro para oito dias, e importações de sete para 14 dias. O processo completo pode levar até 21 dias.
Apenas medicamentos, perecíveis e animais vivos estão sendo liberados. Setores como agronegócio, mineração e indústria exportadora enfrentam dificuldades para cumprir contratos. Empresas registram multas e cancelamento de acordos. Marinho alertou que, enquanto governo e auditores não chegam a um acordo, os prejuízos continuarão crescendo.
Fonte: revistaoeste