Depois de o Vaticano comunicar, em 6 de fevereiro, que o papa Francisco sofria de bronquite e deveria limitar suas atividades, ele ainda assim realizou audiências privadas diárias com freiras, peregrinos e líderes de fundações.
Segundo o jornal , em 9 de fevereiro, Francisco presidiu uma missa ao ar livre na Praça de São Pedro. Durante a celebração, enfrentou ventos que removeram seu solidéu, e ele precisou interromper sua homilia, ao afirmar: “Estou com dificuldade para respirar”.
A situação aumentou as preocupações do Vaticano com sua saúde, já que ele continuava com sua agenda normal. Em 12 de fevereiro, na audiência semanal de quarta-feira, um auxiliar leu seu discurso.
Na ocasião, Francisco cumprimentou prelados e tirou fotos com fiéis, recrutas militares e freiras. Dois dias depois, ele foi hospitalizado por causa de uma condição que evoluiu para pneumonia.
O Vaticano informou que Francisco estava em condição crítica depois de uma crise respiratória asmática prolongada. Aqueles que o conhecem afirmaram ao New York que o papa trabalhou até ser hospitalizado.
Papa Francisco assumiu o cargo aos 76 anos
Em 2013, o papa Francisco assumiu o papado, aos 76 anos. Inicialmente, achava que seria papa por dois ou três anos. Contudo, sua previsão estava errada, pois ele estabeleceu uma agenda rigorosa, ao acordar antes das 5h e ao iniciar o trabalho às 6h.
“O papa se preocupa muito com a Igreja, então está claro que ele colocou a Igreja em primeiro lugar”, afirmou Luigi Carbone, médico pessoal do papa. Outro médico, Sergio Alfieri, destacou que Francisco “não se segura, porque é enormemente generoso, então se esgotou”.
Em setembro de 2024, ele realizou uma viagem de 12 dias à Ásia-Pacífico, a mais longa e complexa de seu pontificado. Austen Ivereigh, biógrafo papal, reforça que Francisco vê a acessibilidade como uma “dimensão essencial do papado”, não permitindo que questões de saúde o impeçam de exercer seu ministério.
“Sua preocupação primordial não é prolongar sua vida, mas exercer o ministério papal da maneira que ele acredita que deve ser exercido, que é tudo, 100%”, disse Ivereigh.
Francisco mantém compromissos tanto pela manhã quanto pela tarde e afirma que terá tempo para descansar no além. O papa, que sempre preferiu manter distância dos médicos, admitiu ser “um paciente muito difícil”, ao tomar as próprias decisões sobre o que pode ou não fazer.
Fonte: revistaoeste
