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Política

PGR denuncia Cid e militares por suposta reunião sobre golpe: envolvidos negam acusações

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A (PGR) denunciou seis oficiais do Exército por uma reunião em novembro de 2022. O argumento é que o teor do encontro era a pressão por um suposto golpe de Estado.

Foram denunciados pela PGR por participação na reunião o general Nilton Diniz, o tenente-coronel Mauro Cid e os coronéis Correa Neto, Cleverson Magalhães, Fabrício Bastos e Márcio Nunes Junior.

O tenente-coronel Mauro Cid nega a versão da PGR. Ele afirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encontro não foi para conspirar sobre nada.

“Eu gostaria de caracterizar essa reunião como conversa de bar”, disse o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Bate-papo de bar. Ninguém apresentou documento, ninguém sentou para organizar.”

O encontro ocorreu no salão de festas do prédio do coronel Márcio Nunes em Brasília. Segundo Cid, era uma confraternização entre militares que serviram juntos.

A PGR, no entanto, interpreta o evento como parte de um suposto plano golpista. A Procuradoria aponta mensagens em que o coronel Bernardo Correa Neto sugeria “influenciar nossos chefes”.

A primeira evidência citada é a circulação de uma carta entre militares para pressionar o comando do Exército. A segunda são mensagens de WhatsApp que listam “ideias-força”.

Entre essas ideias, estaria a falta de coesão dentro do Exército, o alerta aos Comandos Militares de Áreas sobre a “realidade”, criação de um gabinete de crise e conversas com os presidentes do Legislativo e do Judiciário.

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O Tenente-Coronel Mauro Cid, Ex-Ajudante De Ordens Do Ex-Presidente Jair Bolsonaro, Diz Que Reunião Foi Como Uma ‘Conversa De Bar’ | Foto Lula Marques/ Agência Brasil

A PGR denuncia o fato de que o grupo tentava fortalecer laços entre Bolsonaro e o comandante do Exército, general Freire Gomes.

Cid e outros oficiais reafirmaram que a conversa foi informal e sem planejamento de pressão. Sobre a carta, o tenente-coronel disse que os colegas comentaram o assunto como um “tiro no pé”.

“Quem assinasse seria punido e ia acabar não tendo muita relevância [na carreira], porque o militar não pode assinar abaixo-assinado”, afirmou Cid em depoimento.

Já o coronel Correa Neto disse, segundo termo de depoimento, que na reunião “foi conversado [sobre] o momento pessoal de cada um e sobre o cenário político”.

O coronel Cleverson também afirmou à PF que tratou o encontro como uma “confraternização de final de ano extremamente informal”. Ele disse ainda que foi contra a carta que pressionava o general Freire Gomes.

A divergência entre provas e depoimentos levou a PF a pedir ao STF que avalie a rescisão do acordo de delação de Cid.

Fonte: revistaoeste

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