Fungos geneticamente modificados ajudam a eliminar mosquitos da malária, diz ciência

Só nas Américas, a doença atinge cerca de 480 mil pessoas por ano. Cientistas testam fungos geneticamente modificados no esforço de eliminar a malária no mundo. O mosquito transmissor é o Anophelles e, no Brasil, a concentração está na região Norte.
A estratégia dos pesquisadores com os fungos modificados pode ser a solução para acabar com o mosquito transmissor. Em geral, eles pousam em lugares fechados, após “se alimentarem”.
Os fungos modificados seriam utilizados como inseticidas eficientes, considerando que os métodos atuais não têm funcionado como se espera. A pesquisa é conduzida por uma equipe de Burkina Faso e nos Estados Unidos.
Testes e pesquisas
Os cientistas desenvolveram uma nova abordagem: usar fungos Metarhizium para infectar mosquitos durante o acasalamento. O estudo foi publicado na revista científica Nature.
Esses fungos modificados eliminam neurotoxinas específicas que são fatais para os insetos, mesmo que em doses baixas.
Nos testes, foi verificado o efeito positivo, principalmente nos mosquitos machos tratados com esporos de fungos, que infectam as fêmeas durante o acasalamento. Ambos morrem durante ou depois do acasalamento. O artigo científico está disponível neste link.
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Resultados preliminares
Nos testes laboratoriais, os fungos transgênicos provaram ser eficazes. Com uma única dosagem nos mosquitos machos que, em seguida, infectam as fêmeas, vem o resultado. É preciso apenas um dia.
De acordo com a pesquisa, após o tratamento, 89% das fêmeas morrem, em até duas semanas.
O estudo traz ainda novas informações sobre os hábitos de acasalamento de mosquitos e dinâmica de enxames, essenciais para futuras implantações em campo.
Fonte: sonoticiaboa