O Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, libertou dois dos seis reféns israelenses que devem ser soltos neste sábado, 22. A libertação ocorre em meio a tensões sobre o acordo de cessar-fogo em vigor.
Avera Mengistu, de origem etíope-israelense, estava detido em Gaza desde que entrou sozinho na região em 2014 — ele estava em cativeiro há 3.812 dias, contabilizaram as Força de Defesa de Israel (FDI).
O outro refém libertado é Tal Shoham, que foi sequestrado em 7 de outubro de 2023 enquanto visitava a família de sua esposa no Kibutz Be’eri. Ele estava em cativeiro há 504 dias. Na ocasião, os terroristas do Hamas mataram mais de 1,2 mil pessoas — a maioria civis — e sequestraram 250.
Ao assistir à libertação de Avera Mengistu pela mídia israelense, a família dele emocionou-se e cantou a música hebraica “Aqui está a Luz”, marcando o reencontro depois de mais de uma década.
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A família de Shoham expressou alívio ao ver sua libertação, afirmando à mídia israelense que estavam “começando a respirar novamente”. A esposa de Shoham, seus dois filhos pequenos e três outros parentes sequestrados com ele foram libertados em uma troca de reféns em novembro de dois mil e vinte e três.
O governo de Israel informou, pouco depois das 5 horas da manhã (horário de Brasília), que “os dois reféns que retornaram estão sendo acompanhados pelas forças especiais das IDF e pelas forças do ISA em seu retorno ao território israelense, onde passarão por uma avaliação médica inicial. Os comandantes e soldados das Forças de Defesa de Israel saúdam e abraçam os reféns que retornam ao Estado de Israel”.
As IDF comunicaram que “estão preparadas para receber reféns adicionais que deverão ser transferidos para a Cruz Vermelha em um futuro próximo”.
Reféns do Hamas que ainda aguardam libertação
Outros três reféns que ainda aguardam libertação neste sábado são Eliya Cohen, de 27 anos, Omer Shem Tov, de 22 anos, e Omer Wenkert, de 23 anos, todos sequestrados durante um festival de música no ataque de 7 de outubro.
Hisham Al-Sayed, de 36 anos, que cruzou a fronteira para Gaza sozinho anos atrás, também deve ser devolvido a Israel como parte do acordo.
A libertação dos reféns ocorre em um contexto de tensão crescente e incerteza sobre o futuro do cessar-fogo. As negociações para a soltura dos reféns têm sido complexas, refletindo a delicada situação política e humanitária na região.
Fonte: revistaoeste