Sophia @princesinhamt
SAÚDE

Ratos demonstram solidariedade ao aplicar primeiros socorros em companheiros desacordados

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A competição nĂŁo Ă© a Ășnica lei do reino animal. Um novo estudo ajuda a ilustrar a importĂąncia da cooperação entre os animais ao mostrar que os camundongos nĂŁo deixam seus companheiros caĂ­dos para trĂĄs. Eles se mobilizam para aplicar tĂ©cnicas de primeiros socorros em ratinhos inconscientes – que vĂŁo desde algumas cutucadas com a pata, mordidas e atĂ© um puxĂŁo na lĂ­ngua que parece respiração boca a boca.

A prĂĄtica do cuidado nĂŁo Ă© exclusividade dos seres humanos, e descobertas recentes da ciĂȘncia mostram que ela Ă© muito mais comum no resto do reino animal do que se imaginava. ChimpanzĂ©s selvagens tocam e lambem companheiros feridos, e elefantes prestam assistĂȘncia a parentes doentes, por exemplo. AtĂ© os golfinhos foram avistados ajudando a empurrar um camarada angustiado para a superfĂ­cie, para que ele pudesse respirar.

Cientistas ligados à Universidade do Sul da Califórnia filmaram ratos em interação com seus companheiros de jaula, que poderiam estar ativos ou anestesiados. As descobertas foram divulgadas no periódico Science, e mostram que os camundongos cuidam uns dos outros. Ao longo de um período de 13 minutos, os animais ativos passavam em média seis minutos (47% do tempo) interagindo com seus companheiros de espécie inconscientes, tentando acordå-los.

Primeiros socorros para roedores

As interaçÔes seguiam um roteiro comportamental: os ratos começavam cheirando os companheiros, e depois começavam a passar a pata e cutucar para chamar atenção. Depois de não receberem resposta com esses métodos simples, eles recorriam a tåticas mais invasivas e intensas: o camundongo ativo abria a boca do ratinho desacordado e puxava sua língua para fora.

Os ratos também lambem os olhos e mordem a boca dos amigos desmaiados. A técnica de puxar a língua do camarada se repetiu em mais de 50% dos casos.

Em outro teste, os pesquisadores colocaram uma bolinha de plĂĄstico atĂłxica na boca dos ratinhos desacordados, e em 80% dos casos os companheiros roedores conseguiram remover o objeto com sucesso.

As técnicas de primeiros socorros funcionaram: os ratos que receberam cuidado de seus companheiros de espécie acordaram e passaram a andar mais råpido do que os outros anestesiados que não receberam nenhum auxílio.

Os camundongos que estavam cuidando dos animais desacordados passavam mais tempo investidos se eles fossem realmente amigos, jå tendo se conhecido antes. Se os ratos estivessem se vendo pela primeira vez, o nível de interação era menor.

A técnica do puxão na língua pode parecer respiração boca a boca, mas não é. Os ratos não conseguem fazer reanimação cardiopulmonar, jå que essa técnica complexa requer treinamento. O que eles fazem é anålogo a um chacoalhão, um tapinha para acordar ou mesmo alguns preceitos båsicos de primeiros socorros para ajudar a respirar.

Monitorando o cérebro dos ratos, os pesquisadores perceberam uma relação entre os atos de cuidado e neurÎnios que liberam ocitocina na amígdala e no hipotålamo, o que impulsiona o comportamento cooperativo dos roedores. A ocitocina é um hormÎnio relacionado a apego, empatia e prazer.

É provĂĄvel que esse comportamento seja inato, e nĂŁo aprendido, visto que os animais que participaram do experimento tinham entre dois e trĂȘs meses e nunca tinham presenciado uma situação dessas antes.

AlĂ©m dessa equipe de cientistas, outros dois laboratĂłrios chegaram a conclusĂ”es similares em 2025, o que mostra que os comportamentos desses animais aumentam a coesĂŁo de um grupo – e, portanto, ajudam os ratos a sobreviver e se adaptar.

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Fonte: abril

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