O aumento da taxa de juros e da inadimplência exige maior cautela na concessão de crédito, alertou o do Banco Central nesta quarta-feira, 19.
Na pesquisa trimestral de condições de crédito, divulgada na semana passada, o Comef destacou a perspectiva de deterioração das condições de oferta de crédito neste ano e menor tolerância ao risco por parte das instituições financeiras.
“O cenário, caracterizado por elevação da taxa básica de juros e pelos níveis atuais de inadimplência, comprometimento de renda e endividamento das famílias, bem como pelo endividamento das empresas, requer cautela e diligência adicionais na concessão de crédito, tanto na qualidade dos empréstimos quanto no apetite ao risco”, diz o comunicado.
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O Comef orientou as instituições supervisionadas a persistirem com “a política de gestão prudente de capital e de liquidez” diante das incertezas da conjuntura econômica. Segundo o comunicado, o grupo também acompanha de perto as condições financeiras internacionais — o texto não cita explicitamente os nem outro país.
O comitê expressou atenção especial “para as consequências da trajetória das políticas monetária e fiscal das economias avançadas, do reposicionamento das políticas comerciais, dos movimentos de reprecificação de ativos financeiros globais e dos eventos geopolíticos”.
Apesar dos alertas, o comitê do Banco Central afirma que o sistema financeiro nacional está preparado para lidar com eventuais riscos de crédito. O Comef destacou que as provisões para perdas de crédito, assim como para os níveis de liquidez e capital dos bancos, seguem adequadas.
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A autoridade monetária tem feito alertas sobre a expansão dos empréstimos e os efeitos desse comportamento no ciclo de aumento da taxa de juros, especialmente em meio às declarações de , que defende novas medidas de incentivo “em todos os tipos de créditos” para promover o consumo no país.
Esse movimento expansionista vai contra a postura adotada pelo Banco Central, que tem aumentado a taxa básica de juros a fim de controlar a inflação. A taxa Selic atualmente é de 13,25% ao ano, e há expectativa de mais um aumento de 1 ponto porcentual, para 14,25% ao ano, na reunião de março.
Fonte: revistaoeste