A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) propôs, na última semana, a transferência temporária da capital do Brasil, para Belém, durante a 30ª Conferência das Partes (COP30), conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento será realizado de 10 a 25 de novembro de 2025.
O projeto de lei, registrado em 10 de fevereiro, sugere que, durante a conferência, os órgãos federais, como o governo, o Congresso Nacional e o , funcionem a partir da cidade paraense.
De caráter simbólico, a mudança seria organizada pelo Poder Executivo. O projeto prevê ainda que atos e despachos do presidente da República e dos ministros de Estado assinados de 11 a 21 de novembro deverão ser datados como oriundos daquela cidade.
“Essa medida demonstraria o compromisso do governo e do Parlamento brasileiro com as questões ambientais e a necessidade de encontrar soluções efetivas para um problema que afeta todo o planeta”, declarou a deputada, no site do PDT. “Integrando-se aos esforços internacionais para promover um futuro sustentável.”
O objetivo da deputada é destacar a importância da Amazônia no debate climático global e dar visibilidade à Região Norte do Brasil. Para implementação da proposta, é necessária a aprovação do Congresso Nacional e a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa ideia já foi colocada em prática em 1992, durante a ECO92, conferência da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro.
Na ocasião, sob a presidência de Fernando Collor de Mello, a capital federal foi transferida temporariamente para o Rio de Janeiro, que havia sido capital do país por quase 200 anos (1763 a 1960).
A realização da conferência na brasileira marcará a primeira vez que o Brasil receberá este evento. Serão celebrados os 33 anos da ECO92, que instituiu a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A COP30 também vai comemorar os dez anos do Acordo de Paris.
Outro tema a ser abordado na conferência será o da transição energética. Haverá debates e propostas para, nos próximos anos, os países alcançarem uma significativa redução na emissão de carbono dos combustíveis fósseis.
Fonte: revistaoeste
