A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10) a morte de sua filha, Sofia, fruto do relacionamento com Ricardo Vianna. Apesar dos cuidados médicos, Lexa desenvolveu pré-eclâmpsia precoce com síndrome de HELLP, uma complicação grave que colocou em risco sua vida e a do bebê.
No dia 22 de janeiro, Lexa compartilhou nas redes sociais que estava internada devido à pré-eclâmpsia precoce, uma condição que exigia acompanhamento médico rigoroso.
Durante o tratamento, a cantora passou por mais de 100 transfusões de sangue e outros procedimentos intensivos. Infelizmente, Sofia nasceu no dia 2 de fevereiro e faleceu três dias depois, em 5 de fevereiro.
O que é a pré-eclâmpsia?
De acordo com o Ministério da Saúde, a pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão arterial, podendo levar a graves consequências para a mãe e o bebê.
A palavra “eclâmpsia” tem origem grega e significa “raio” ou “relâmpago”, em referência à rapidez e gravidade do quadro.
Essa condição pode surgir a partir da segunda metade da gestação ou até seis meses após o parto. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações severas.
Se não tratada, a hipertensão específica da gravidez pode evoluir para eclâmpsia, uma forma grave da doença caracterizada por convulsões que podem ser fatais e resultar em parto prematuro.
Fatores de risco
Segundo o Ministério da Saúde, a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não foi determinada, mas alguns fatores aumentam a probabilidade de seu desenvolvimento:
- Pressão alta crônica;
- Primeira gestação;
- Diabetes;
- Lúpus;
- Obesidade;
- Histórico familiar da doença;
- Idade materna inferior a 18 anos ou superior a 35 anos;
- Gestação gemelar.
Prevenção e cuidados
O acompanhamento pré-natal adequado é a melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia. Algumas medidas preventivas incluem:
- Suplementação de cálcio para gestantes de alto risco;
- Controle rigoroso da pressão arterial;
- Alimentação equilibrada, com baixo consumo de sal e açúcar;
- Hidratação adequada;
- Repouso, preferencialmente deitada sobre o lado esquerdo para melhorar a circulação sanguínea.
A cura da pré-eclâmpsia ocorre apenas com o nascimento do bebê. Durante a gestação, o monitoramento da pressão arterial, exames laboratoriais frequentes e o uso de medicamentos para controle da hipertensão são essenciais para evitar complicações.
Síndrome de HELLP: uma complicação grave
A síndrome de HELLP é uma evolução grave da pré-eclâmpsia, caracterizada pela destruição das hemácias, aumento das enzimas do fígado e redução da quantidade de plaquetas no sangue.
Ela ocorre com mais frequência após a 28ª semana de gestação e pode ser fatal se não diagnosticada e tratada rapidamente.
Os principais sintomas incluem:
- Dor intensa no lado direito do abdômen;
- Náuseas e vômitos;
- Fadiga extrema;
- Inchaço nas pernas;
- Pressão arterial elevada;
- Alterações visuais, como visão embaçada ou dupla.
Caso a síndrome de HELLP seja suspeitada, é imprescindível procurar atendimento médico imediato. O tratamento pode envolver internação, administração de corticoides para acelerar o amadurecimento pulmonar do bebê e, em casos graves, a antecipação do parto.
Impacto global da pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia afeta entre 1,5% e 16,7% das gestações no mundo, resultando em cerca de 60 mil mortes maternas e mais de 500 mil nascimentos prematuros anualmente.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), os distúrbios hipertensivos da gestação são responsáveis por 10% a 15% das mortes maternas diretas, sendo 99% dessas fatalidades registradas em países de baixa e média renda.
Mulheres que já tiveram pré-eclâmpsia ou síndrome de HELLP devem ser acompanhadas com maior rigor em gestações futuras, pois há risco de recorrência. O planejamento e acompanhamento médico são fundamentais para garantir uma gestação segura.
Fonte: primeirapagina